8 - Você imaginou?

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Puta merda.

Por um segundo fiquei completamente congelada enquanto olhava para a mensagem. Ela estava ali fora? Não, ela não podia estar dizendo que estava mesmo do lado de fora...

A campainha tocou, ecoando no andar de baixo, e eu me virei, os pulmões se expandindo rapidamente.

Puta merda.

Meu cérebro meio que desligou quando corri para fora do quarto e pelo corredor, meus pés descalços voando pelos degraus. Passei quase voando pelo hall, parando pouco antes de abrir a porta.

Eu não era idiota.

Nas pontas dos pés, olhei pelo olho mágico enquanto mordia o lábio. Tudo o que eu podia ver era a parte de trás de sua cabeça e seus ombros largos.

Era Lisa. Ela realmente estava ali.

Ainda segurando o telefone e sem ter a menor ideia de como isso podia estar acontecendo, engoli em seco e abri a porta.

Lisa se virou, e meus olhos ficaram na altura de seu peito.

— Eu estava começando a achar que não ia atender.

Meu olhar se ergueu, e um som estrangulado escapou de mim. Estendi a mão, segurando seu braço e quase a arrastando para dentro. Ela pegou a porta com a outra mão, fechando-a atrás de nós.

— Seu rosto. — Apertei mais seu antebraço. — O que aconteceu?

Suas sobrancelhas se franziram quando ela estendeu a mão, tocando a pele ao redor da ferida alguns centímetros acima da sobrancelha esquerda. O sangue tinha secado ao redor do corte, e um tom roxo-azulado já começava a se espalhar em torno dele.

— Isto? Ah, não foi nada.

Olhei para ela.

— Não... parece que não foi nada.

— Nada sério. — Olhando ao redor do hall, ela soltou minha mão, que estava com os nós dos dedos brancos, de seu braço. Em vez de deixar minha mão cair, entrelaçou seus dedos nos meus. — Achei que você fosse perguntar como descobri onde morava. Estou bastante impressionada com minha astúcia.

Sim, eu estava curiosa a esse respeito, mas ela ia ficar com uma cicatriz em cima da sobrancelha esquerda agora, para fazer par com a outra.

— Lisa, sua testa...

Ela baixou os olhos para mim enquanto apertava minha mão, sorrindo.

— Você me disse que morava no Pointe, então peguei o metrô para o Centro e andei o resto do caminho. Não foi muito difícil descobrir. — Com a outra mão, ela correu as pontas dos dedos sobre as margaridas falsas no vaso sobre a mesa de entrada. — Só procurei seu carro. Para minha sorte, estava fora da garagem. Então, talvez eu não seja assim tão esperta.

O Problema do Para Sempre (JENLISA)Onde histórias criam vida. Descubra agora