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Narração de Lorran

Desde aquela conversa com a Isa, parecia que tudo ao meu redor estava mais… intenso. A nossa amizade sempre foi especial, mas agora, era como se algo estivesse prestes a mudar de verdade. E quanto mais pensava nisso, mais sentia a necessidade de ficar perto dela, de entender o que a gente estava realmente sentindo. Foi aí que decidi chamá-la pra sair.

Peguei o celular e mandei uma mensagem tentando parecer tranquilo, mas sabia que o nervosismo estava ali, de leve.

Eu: Oi, Isa. Que tal a gente sair pra jantar essa semana? Só nós dois.

Demorou um pouco pra ela responder, e eu já estava começando a ficar impaciente, achando que ela ia recusar ou achar estranho. Mas, então, o celular vibrou, e a resposta dela apareceu.

Isa: Oii, eu topo! Quinta tá bom pra você?

Eu: Fechado. Passo na sua casa às oito.

Na quinta, quando cheguei na frente da casa dela, o coração já estava batendo acelerado. Toquei a campainha e esperei, tentando controlar a ansiedade. Quando a porta se abriu e ela apareceu, senti que o ar ao meu redor ficou mais leve, como se todo o resto tivesse desaparecido. Isa estava com um vestido simples, mas o jeito que ela sorria, meio tímida, era o suficiente para me fazer perder a linha de raciocínio.

Eu: Uau… você tá incrível, Isa.

Ela riu, meio sem jeito, e deu um leve empurrão no meu ombro.

Isa: Para de graça, Lorran.

Eu: Não tô brincando. É sério. Você tá linda.

Ela olhou para baixo, ajeitando o cabelo, e aquele gesto simples me deixou ainda mais certo de que essa noite ia ser diferente. Abri a porta do carro para ela, e a gente seguiu para o restaurante em um silêncio confortável, mas cheio de expectativa.

No restaurante, escolhi um lugar mais reservado, onde a gente pudesse conversar com calma. O jantar começou tranquilo, como sempre, mas aos poucos, o assunto foi ficando mais pessoal, e a conversa parecia fluir de um jeito natural, como se o tempo estivesse suspenso.

Depois do jantar, não queria que a noite terminasse ali. Sugerir a pracinha da infância foi meio que no improviso, mas parecia o lugar perfeito para encerrar a noite de um jeito especial. Quando chegamos, o vento estava suave, balançando as folhas das árvores. Sentamos no mesmo banco de sempre, e, por um momento, ficamos apenas olhando o céu.

Eu: Isa… eu tô gostando demais de passar mais tempo com você. Sinto que… é diferente agora.

Ela olhou pra mim, e no brilho dos olhos dela, eu podia ver que ela também sentia isso. A respiração dela ficou um pouco mais rápida, e por um segundo, eu achei que fosse recuar. Mas então, ela se aproximou um pouco mais, e a distância entre a gente se encurtou naturalmente.

Isa: Lorran… eu também sinto isso.

As palavras dela eram tudo que eu precisava ouvir. Sem pensar muito, só segui meu instinto e aproximei meu rosto do dela, até que nossos lábios finalmente se encontraram. O beijo foi suave, cheio de uma intensidade que eu nem sabia que existia, mas que parecia o jeito certo de terminar aquela noite.

Quando nos afastamos, ela abriu um sorriso tímido e segurou minha mão, como se quisesse prolongar aquele momento, e eu senti aquela mistura de nervosismo e felicidade que parecia impossível de controlar.

Eu: Acho que a gente tá bem longe da 'amizade' agora, né?

Ela deu uma risada leve, olhando pra mim.

Isa: Bem longe… e eu tô adorando isso.

A gente ficou ali, sem dizer mais nada, de mãos dadas, deixando o silêncio falar tudo o que a gente precisava saber.

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Finalmente o beijo saiu 🥳

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Infância Compartilhada- Lorran.Onde histórias criam vida. Descubra agora