Gaia filha de Marcus Annius Libo é a única sobrevivente de sua família após o cruel Commodus ordenar a execução de todos, pois seu pai se recusou a reconhecê-lo como herdeiro do império, Commodus então decide eliminar todos os possíveis herdeiros da...
O céu nublado parecia pesar sobre o Coliseu, que estava estranhamente silencioso para o local onde normalmente ecoavam os gritos da multidão. A arena, vazia de espectadores comuns, estava ocupada apenas por uma pequena comitiva na plateia, assistindo em um silêncio tenso. Entre eles estavam Gaia e Lucilla, acompanhadas por alguns patrícios e senadores, todos visivelmente desconfortáveis. No centro da arena, Commodus aguardava, imóvel, com uma postura ereta e olhar fixo, enquanto dois soldados ajoelhados estavam à sua frente, acorrentados e marcados como traidores.
Gaia sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao ver Commodus de pé no centro da arena, com aquele olhar vazio e determinado. Ela sabia o que estava prestes a acontecer, mas a frieza nos olhos dele, a ausência de qualquer hesitação ou misericórdia, fazia com que uma onda de pavor se instalasse em seu peito.
Lucilla estava ao lado de Gaia, o rosto pálido e tenso, ela sabia que tinha dado a ideia de punição, mas vê-lo ali, prestes a executar os soldados que considerava, a enchia de um sentimento de temor, Commodus estava claramente enviando uma mensagem para todos.
De repente, ele ergueu uma das mãos, um sinal silencioso para os guardas ao redor da arena, que já estavam com arcos em punho, as flechas prontas para disparar. Gaia sentiu o estômago se revirar ao entender o que estava prestes a acontecer. Ela sabia que Commodus estava fazendo isso para intimidá-los, para que todos soubessem o destino dos que ousassem desafiá-lo, mesmo indiretamente.
O silêncio era tão espesso que cada respiração parecia ecoar pelas paredes do Coliseu. Commodus lançou um olhar para a plateia, seus olhos frios pousando diretamente em Gaia. O brilho cruel e impiedoso em seu olhar dizia tudo. Ele queria que ela visse. Ele queria que ela compreendesse o que significava traí-lo ou simplesmente decepcioná-lo.
Gaia, sentindo o peso daquele olhar, desviou o rosto, incapaz de sustentar o contato. Havia algo em Commodus naquele momento que a apavorava profundamente. Ele era mais do que apenas um tirano ele era uma presença inclemente, um juiz que não via valor algum na misericórdia. Seus olhos, cheios de ódio e controle absoluto, pareciam devorar qualquer um que ousasse cruzar seu caminho.
Lucilla, por sua vez, observava o irmão com uma expressão dura, mas um tanto resignada. Ela sabia que não havia nada que pudesse fazer para detê-lo. Commodus estava mostrando a todos que não hesitaria em eliminar qualquer um que representasse uma ameaça ao seu poder, não importava o quão insignificante fosse.
Com um último aceno, quase imperceptível, Commodus abaixou a mão. E em um segundo, as flechas foram disparadas. As duas figuras caíram, os corpos sacudindo com o impacto. O sangue dos soldados espirrou no chão da arena, e algumas gotas voaram até a face de Commodus. Ele não se moveu, nem sequer piscou. O sangue escorrendo por seu rosto parecia apenas intensificar o olhar sombrio que ele lançava à plateia.
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Gaia apertou as mãos com força, tentando controlar o tremor. A cena diante dela era brutal, e a ausência de qualquer emoção no rosto de Commodus a enchia de um horror silencioso. Ela sentia o coração disparado e a respiração descompassada, mas manteve o rosto impassível. Sabia que ele a estava observando. Qualquer sinal de fraqueza poderia ser interpretado como uma afronta e Gaia não podia correr esse risco.