the albatross. EMBRY CALL

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Essa noite não foi tão ruim quanto eu esperava. Num piscar de olhos eu acordo com uma batida rápida e ritmada na porta.

— Entra, pai.

Faltava cinco minutos para o despertador tocar, mas nas terças feiras ele entrava mais cedo no trabalho.

— Bom dia, querida.

— Bom dia — eu digo entre bocejos.

— Desculpa te acordar mais cedo, mas Sue acabou de ligar. Ela pediu para você dar uma passadinha lá depois da escola.

— Aconteceu alguma coisa? — o sono some do meu corpo com a possibilidade de um problema na casa dos Clearwater.

— Sim — ele se apressa ao ver minha expressão. —, não é nada disso. É a Leah. Alguma coisa com a Emily, não entendi direito mas ela disse que você entenderia. Eu disse que ia ver com você, já que você tem aquele compromisso em Port Angeles.

— Não, pode deixar que eu confirmo com ela. Bella é a melhor com críticas construtivas mesmo.

Ele se apoia na porta, mastigando seu cereal.

— Certo. Então depois da escola vai lá na delegacia que eu te levo.

— Tá bom — ele se aproxima da cama, me deixando um beijo na testa antes de sair.

Livre da tarde de compras com Aimee, me arrumo rapidamente antes do alarme tocar. Aquela apreensão toda de ontem parece ter se desprendido totalmente de mim durante a noite. Eu estava com as energias renovadas. Um pouco de dor de ouvido, mas nada que me abalasse como ontem. Talvez toda aquela preocupação fosse mesmo besteira, mas me manteria alerta a qualquer possível ligação da minha melhor amiga. Ela me daria sinal de vida até sábado, é claro. Agora, só permito que minha mente pense em Leah. Tiro alguns livros de minha bolsa e os substituo por qualquer outra coisa que eu pudesse usar mais tarde.

— Bom dia, Bells.

— E o bom humor voltou. — ela enfia uma torrada na boca.

— Vai sair me arrastando pra escola de novo? Tenho certeza que isso acabaria com meu bom humor.

— De jeito nenhum. Vamos mais tarde.

— Não fala de boca cheia. — limpo alguns farelos que voaram em mim. — Mamãe não te deu educação não é?

— É o que você merece.

— Ainda tá brava?

— Não. Mas deveria.

Me sento na mesa mais distante, evitando seus farelos e mastigo meu cereal vagarosamente.

— Então, Bells. Minha doce e amada irmã...

— O que você fez?

— Nada. É só que não vou poder ir hoje para Port Angeles com vocês.

— O que? Por quê?

— Tenho que ir ajudar uma amiga. Ela passou por um término difícil e hoje não é um bom dia para ela. — explico evitando os detalhes. Não é uma história agradável de qualquer forma.

Ela balança a cabeça em concordância.

— Quer que eu te leve?

— Não precisa, papai disse que me dá carona.

— Tá bom.

Depois de muita enrolação da parte dela, chegamos a escola só a tempo de passar pela porta antes do sinal tocar. A aula foi rápida, em sua maioria revisões das aulas passadas. Algumas atividades e eu estaria livre. Minha paz quase foi quebrada quando Oliver chegou desesperado pelo seu trabalho comprado que eu havia esquecido totalmente, mas ele ficou mais satisfeito quando eu lhe devolvi o dinheiro. Ótimo, agora Morgana estava me devendo 25 dólares.