Adaptações

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Notas:
Não temos informações sobre o nome da mãe do Kirishima, então o nome dela aqui é totalmente fictício.

Arte de Gigili_jiggly (insta) com algumas alterações


Na época quando compraram sua casa, Eijiro fez questão de escolher uma que tivesse dois quartos. Um ficaria para o casal e outro seria para quando seu filho fosse encontrado. Eles fizeram um esforço para preencher o vazio no pequeno cômodo. Compraram apenas o básico, uma cama infantil, uma cômoda com gavetas e um baú com alguns brinquedos; todo ano desde que terminou os estudos na UA, Kirishima e Bakugo faziam compras de fraldas e roupas infantis de acordo com a idade que seu filho teria. O ruivo sempre guardava tudo com muito carinho e limpava o quarto com frequência na esperança de que aquilo não seria em vão. Agora com 22 anos e Katsuki 23, eles finalmente estavam junto com seu garoto.

Depois de um período de observação no hospital e uma série de burocracia, os meninos foram liberados na manhã seguinte após o incidente, então puderam sair com seus novos pais. No caminho de Tokyo para Shizuoka, (região onde moravam) Kirishima dirigia seu carro com os pensamentos a mil por hora. Ele estava muito feliz. Em contrapartida, seu filho mais velho sentado no banco de trás estava quieto demais, ele não falou mais nada desde que saiu do hospital. Era compreensível, o garoto acabara de perder a mulher que o criou desde bebê e agora estava no carro com duas pessoas estranhas para ele. Após três horas de viagem finalmente chegaram a residência.

— Essa é nossa casa. — Katsuki disse abrindo a porta do carro e pegando o pequeno Shō no colo — Agora é sua também. Vamos.

Ao entrar, o menino observava o novo lugar que iria morar. Era tudo uma grande novidade. O lugar era espaçoso e tinha um estilo moderno, diferente de sua antiga casa que era bem mais simples. 

— Esse é o seu quarto. Tem algumas roupas aqui, você pode usá-las hoje. Amanhã vamos sair para comprar novas. — Bakugo sugeriu apresentando o lugar — Também precisamos comprar roupas para o Shō. 

— Ei Shinra, você gosta de brincar? — o ruivo disse alegre —  Tem alguns brinquedos aqui nesse baú! Pode ficar aí vontade, tá bom!

— Muito obrigado, senhor Kirishima. — ele respondeu de forma não tão empolgada 

Para ser mais confortável, o casal deixou Shinra para explorar o novo quarto sozinho, e deixaram o pequeno Shō, que ainda dormia, deitado na cama. Enquanto isso foram conversar a sós na cozinha.

— Eiji, vamos tentar não forçar muito as coisas. — começou o loiro — Tudo isso é novidade para todos nós. Ele ainda nos chama pelo nosso sobrenome!

— Eu sei, ele parece triste. — Eijiro também continuou falando — Acho que com o tempo ele vai se acostumar com a gente. Só aquele sorriso dele que me assusta um pouco.

— Ele literalmente matou a falsa mãe, óbvio que ficou traumatizado. Vamos ter que levá-lo pra terapia ou coisa assim. Como pais, é nossa responsabilidade agora garantir que ele fique bem.

Cicatrizes - Transições na vida de um herói Onde histórias criam vida. Descubra agora