Kirishima admirava caras másculos. Principalmente adorava seu melhor amigo Bakugo, e mesmo descobrindo que ele era um cara trans, quis dar o próximo passo para uma relação amorosa. Infelizmente o destino já tinha reservado situações amargas para o...
Notas: Muitos pontos dessa história me inspirei no personagem Ivan/Ivana da novela Força do querer; ele também descobre uma gravidez durante sua transição mas perde o bebê num ataque homofóbico, é bem triste a história dele mas o coitado tem um ótimo final. E prometo a vcs que Katsuki também terá um final feliz mesmo com todas adversidades.
Capítulo bem deprê por se tratar das sequelas do ataque.
*** Aviso de gatilho e menções de suicídio***
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Seus olhos foram abrindo lentamente, seu corpo inteiro estava dolorido, doía até mesmo mexer as pálpebras. Por incrível que pareça, o cérebro de Bakugo sempre sabia quando ele estava deitado numa cama de hospital, já tinha passado por isso inúmeras vezes e conhecia o cheiro do lugar, o ar gelado e as gotas de soro pingando dentro de um frasco. A agulha espetada em seu braço esquerdo já nem incomodava mais. Ele tentou dizer alguma coisa quando notou um aparelho respiratório enfiado em sua garganta, lógico que gerou um certo desconforto e se mexeu por causa disso.
— Katsuki, meu filho você acordou! Espere um pouco, vou chamar alguém.
Ele não tinha reparado sua mãe bem ao lado até ela falar com espanto. A primeira coisa que Mitsuki fez foi tentar acalmar o filho e em seguida chamou uma enfermeira próxima ao quarto do hospital; ela chorou de emoção por ele finalmente ter acordado. Com a ajuda de outra assistente, o médico responsável pelo garoto esquentado teve que retirar o aparelho dos pulmões, já que Katsuki havia recobrando a consciência e podia respirar por si mesmo. Ele tossiu várias vezes até se acostumar a respirar normalmente, devido a lesão nas costelas doía um pouco para respirar.
— ...Mãe... — Foi o que ele conseguiu dizer com muita dificuldade
— Por favor jovem não se esforce. — o doutor recomendou — Sua garganta está ressecada por causa do aparelho. Beba uma água e descanse mais um pouco.
Bakugo se recostou no leito e sua mãe lhe ofereceu um copo com água. Na hora em que ele tentou esticar o braço pra pegar o copo, percebeu que não estava totalmente inteiro, parte de seu braço direito havia sido amputado, perdendo seu antebraço e mão. As lágrimas vieram junto com o pânico de ter perdido um membro do corpo, e a maldita lembrança de quando os homens da gangue o espancaram. Os olhos lacrimejaram e a respiração ficou mais pesada a cada suspiro. Encarando os curativos no lugar onde era pra ter seu cotovelo, Katsuki entrou em um ataque de ansiedade. Ele deixou escapar as fortes emoções que estava sentindo naquele momento, o que seria de sua carreira agora? Depois de alguns breves minutos, mesmo ainda chorando, fungou o nariz e tentou se manter firme.
— Peço desculpas pelo aparelho em sua garganta. — disse Ryu, o doutor responsável — Nós tivemos que colocá-lo em coma induzido por causa do ferimentos. Por favor jovem, me diga, como está se sentindo ?
— Eu... me sinto estranho, meu corpo inteiro está dolorido. — ele assoou o nariz e enxugou o canto dos olhos — Me lembro... que eu e Eijiro lutamos com uns caras mas aí.... Espera onde ele está?? O que fizeram com ele?
