As Provações da Guardiã

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Com o diário em mãos, Ana começou os preparativos para o ritual, mas as sombras na casa pareciam mais fortes a cada passo que dava. As luzes piscavam sem parar, e o ar se tornava gelado como se estivesse em pleno inverno. Os sussurros ecoavam por todos os cômodos, agora audíveis até mesmo durante o dia. Cada vez que tentava descansar, sonhos macabros invadiam sua mente, imagens de crianças presas, clamando por libertação.

Na noite em que finalmente estava pronta para o ritual, Ana sentiu uma presença avassaladora ao seu redor. O ar se tornava cada vez mais denso, como se a própria casa estivesse viva, respirando e se fechando sobre ela. No centro da sala, ela desenhou o símbolo conforme descrito no diário. As palavras de Celeste ressoavam em sua mente, e então, Ana compreendeu: Celeste estava tentando enganá-la. O selo do sangue, ao invés de romper a maldição, garantiria a transferência completa do espírito de Celeste para um novo "corpo" – o dela.

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