Melissa Marshall, uma garota doce cujo perdeu a mãe cedo demais e fora obrigada a morar com o pai em uma cidade diferente.
Embry Call, um garoto amoroso cujo cresceu com uma mãe amável e que nunca conheceu o pai.
Melhores amigos e namorados uma vez...
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| Point of view – Melissa Marshall |
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Desci do ônibus escolar me despedindo de Peter, o motorista, e caminhei por duas quadras até chegar na casa de Richard. Mesmo após quatro anos morando com ele não consigo chamá-lo de pai ou aquele lugar de casa.
Meu primeiro contato com Richard fora uma semana após a morte de minha mãe, ele jamais havia vindo atrás de mim ou dela, jamais havia se interessado em saber sobre a própria filha, talvez seja por isso que eu tenha uma certa dificuldade em ter uma boa relação com ele.
Ainda me lembro da reação dele quando me viu, lembro-me do dia, da roupa que usava e do cheiro forte que ele exalava.
Eu estava na casa da tia Beth juntamente de Embry, meu melhor amigo e namorado na época, enquanto arrumávamos algumas coisas da minha mãe que lá estavam, ela tinha roupas e fotos espalhadas pela casa da melhor amiga.
Embry tentava a todo custo me animar dizendo coisas engraçadas que minha mãe fazia ou falava, sobre como ela era ruim na cozinha e vivia queimando as coisas e sobre suas piadas que eram péssimas mas que fazia todo mundo rir, fora tranquilo arrumar as coisas dela com sua ajuda, Embry sempre conseguiu me tirar um sorriso nos piores momentos.
E eu sabia que mamãe não gostaria de me ver triste, independente do que fosse.
Mas então um policial bateu na porta alegando que meu pai estava ali para me levar embora.
Aquela palavra havia soado estranha, eu não tinha um pai, digo, eu nunca convivi com meu pai, nunca o conheci, jamais havia tido informações suas, e então de repente ele surge usando uma calça jeans surrada, uma camisa azul e um casaco cinza sujo, seu cheiro me lembrava cerveja e cigarro, assim como um homem que vivia caído pela Reserva.
Quando fomos apresentados, ele torceu o nariz e me encarou com desdém, parecia tentar procurar a si mesmo em mim, parecia procurar uma certa semelhança entre nós.
— Você é idêntica a ela. – Fora a única coisa que ele disse enquanto tia Bethany mandava Embry e eu para minha casa em busca das minhas coisas.
