𝐈𝐍𝐉𝐔𝐑𝐘, ʜᴀʀʀʏ ᴘᴏᴛᴛᴇʀ.

Detenção.

O Trio de Ouro estava sentado no salão comunal de Gryffindor, mergulhado nos estudos para os exames finais de Hogwarts. Hermione tentava ensinar alguns conteúdos a Jane e, ao mesmo tempo, introduzi-la à gramática básica, pois a menina mal sabia ler e escrever – seu talento até então era apenas para pintura. Com o apoio de McGonagall e Dumbledore, Jane teria aulas particulares nas férias para aprender o básico: ler, escrever e melhorar a pronúncia. Hermione, paciente como sempre, segurava a mão de Jane, guiando-a no traçar das letras para escrever seu próprio nome. Era um pequeno progresso, mas que, para Hermione, simbolizava um grande passo.

— Isso, Jane, você precisa fazer esses movimentos para escrever o seu nome. Agora tente sozinha. Vou dizer as letras e você escreve, tudo bem? — instruiu Hermione com um sorriso encorajador.

Jane acenou com a cabeça, concentrada.

— J... A... N... E...

Ela mostrou o papel para Hermione, com a letra ainda garranchuda, mas visivelmente mais legível.

— Muito bem, melhorou bastante! — elogiou Hermione, orgulhosa do esforço da menina.

Nesse instante, Edwiges, a coruja de Harry, voou e pousou sobre os livros de feitiços espalhados na mesa.

— Oi, Edwiges — Harry saudou a coruja, afagando suavemente a cabeça dela.

Enquanto isso, Ron distraía-se com seu sapo de chocolate, abrindo o pacote e observando a carta que veio junto.

— Olha só você, Ron, brincando com cartas enquanto nossas provas finais estão chegando! — Hermione exclamou, exasperada. — Devia estar revisando, não acha?

— Estou tranquilo, Hermione! Sei todas as respostas! — retrucou Ron, confiante.

— Ah, é? — Hermione arqueou uma sobrancelha. — Então, quais são os três ingredientes cruciais em uma poção do esquecimento?

Ron piscou, confuso.

— Ah... esqueci — admitiu, com um sorriso sem jeito.

— E o que você pretende fazer se essa questão aparecer no exame final?

— Colar de você? — sugeriu ele, rindo.

— Nem pense nisso! E, além do mais, a professora McGonagall mencionou que usaremos penas enfeitiçadas com feitiços anticola.

— Isso é um ultraje! Eles não confiam na gente! — resmungou Ron, voltando-se para a carta. — Outra vez Dumbledore!

De repente, Neville Longbottom entrou no salão, pulando de maneira desengonçada, com as pernas visivelmente presas por um feitiço.

— O feitiço de pernas presas? — Ron riu ao ver a situação de Neville. — Deixe-me adivinhar... Malfoy?

Neville assentiu, desanimado.

— Você precisa começar a se impor, Neville — aconselhou Ron. — Não pode deixar que ele fique te intimidando assim.

— E como eu vou fazer isso? Mal consigo falar quando ele está por perto... — murmurou Neville, cabisbaixo.

Simas se levantou com a varinha em punho.

— Eu faço um contrafeitiço! — ofereceu-se, cheio de entusiasmo.

— Não, nem pensar! — recusou Neville, apavorado. — Você poderia colocar fogo nas minhas rótulas!

— Ah, que injustiça! Eu já disse que minha mágica está sob controle — reclamou Simas, mostrando um pequeno buraco queimado em seu cabelo, resultado de um feitiço mal-executado.