Taça das Casas

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Na enfermaria de Hogwarts, a manhã estava tranquila e iluminada por uma luz suave que entrava pelas janelas altas. Jane ainda dormia profundamente em uma das camas, com o rosto pálido e sinais de exaustão evidentes, marcas de sua batalha contra Voldemort. Ao lado, repousava uma mesa com flores e pequenos presentes deixados por seus amigos em demonstração de carinho e gratidão.

A porta se abriu silenciosamente, e Alvo Dumbledore, com sua presença tranquila e olhar sábio, entrou no local. Ele se aproximou da cama de Jane, observando a jovem com uma expressão mista de orgulho e preocupação. A enfermeira Madame Pomfrey estava por perto, ocupada com alguns frascos de poções, e acenou respeitosamente para Dumbledore, permitindo que ele conversasse com a garota sem interrupções.

Com um leve toque, Dumbledore chamou por Jane.

─ Senhorita Jane... ─ ele sussurrou gentilmente.

Jane abriu os olhos devagar, piscando enquanto ajustava sua visão. Quando finalmente percebeu Dumbledore ao seu lado, um leve sorriso apareceu em seu rosto, apesar do cansaço.

─ Professor... ─ sua voz era suave e um pouco hesitante. ─ O senhor está aqui...

Dumbledore sorriu, acomodando-se em uma cadeira ao lado da cama.

─ Claro que sim, minha jovem. Depois do que você passou, não podia deixar de vir vê-la pessoalmente. Seus amigos também estiveram aqui ontem, e Harry já está muito melhor. Ele tem perguntado por você. Acredito que logo, assim que estiver recuperada, ele virá até você.

Jane sorriu levemente, sentindo uma pontada de alívio ao saber que Harry estava bem.

─ Fico feliz... eu... estava preocupada com ele. ─ ela disse, lembrando-se de todo o peso daquela batalha e do medo de que Voldemort pudesse ter vencido.

Dumbledore fez uma pausa, olhando para Jane com uma expressão ponderada. Ele pousou sua mão sobre a dela com suavidade, seu olhar gentil mas firme.

─ Senhorita Jane, você demonstrou uma coragem incomparável ao enfrentar Voldemort. Poucos, mesmo entre os bruxos mais poderosos, teriam conseguido resistir à presença dele daquela forma. E você... você fez mais do que apenas resistir.

Jane o observava atentamente, enquanto o diretor continuava.

─ Mas é importante que você entenda, Jane, o quão arriscado foi o que você fez. Voldemort não é um inimigo comum. Ele é... tenebroso, poderoso, e cruelmente insistente. Acreditava que poderia usá-la, tomar seus poderes, e a tentação de possuir sua força o cegou para o perigo de enfrentá-la diretamente.

Jane desviou o olhar, lembrando-se de como havia sentido o peso de Voldemort tentando dominar sua mente e alma, da dor que emanava de cada tentativa de resistência. Ela havia usado tudo de si, a última gota de energia, mas em nenhum momento quis se render.

─ Eu... eu só pensei que precisava proteger o Harry. Ele já tinha feito tanto por nós... eu só queria ajudá-lo. Não podia deixar Voldemort... machucá-lo.

Dumbledore assentiu.

─ E você conseguiu. Seu poder é especial, Jane. Ele vem de uma força que poucos compreendem. Eu diria que é algo raro, algo puro. Mas lembre-se de que essa força é uma responsabilidade. Usá-la requer sabedoria, paciência e, por vezes, uma certa dose de cautela. Afinal, Voldemort também percebeu o que você possui, e isso o fez querer sua energia para seus próprios propósitos sombrios.

Ele a observou atentamente, esperando que aquelas palavras ecoassem profundamente em seu coração. Jane, ainda processando tudo aquilo, olhou para o professor com determinação.

𝐈𝐍𝐉𝐔𝐑𝐘, ʜᴀʀʀʏ ᴘᴏᴛᴛᴇʀ.Onde histórias criam vida. Descubra agora