Despedida

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O apito do trem ecoou pela estação, anunciando que o Expresso de Hogwarts estava prestes a partir

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O apito do trem ecoou pela estação, anunciando que o Expresso de Hogwarts estava prestes a partir. Hagrid, com sua voz retumbante, apressava os alunos a entrarem nas cabines.

─ Vamos lá, pessoal, rápido! Vão se atrasar, o trem já vai partir! ─ ele dizia, incentivando todos a embarcarem. Ao lado dele, Jane observava a cena com um olhar misto de alegria e tristeza.

Jane não tinha para onde ir; Hogwarts agora era seu lar. Dumbledore havia permitido que ela ficasse no castelo pelo tempo que precisasse, até se sentir pronta para dar o próximo passo na sua vida. Ela ainda estava aprendendo a escrever, então se comunicar com seus amigos à distância seria um desafio. Mas não perderia a chance de se despedir deles, sabendo que só os veria novamente no próximo ano.

Harry, carregando a gaiola de Edwiges, entregou-a ao maquinista que estava guardando as malas dos alunos. Hermione já estava logo à frente, acenando para Jane e Hagrid.

─ Vamos, Harry! ─ Hermione chamou, entrando no trem.

Harry lançou um olhar rápido para ela e respondeu:

─ Um minuto!

Ele correu de volta até Hagrid e Jane, determinado a fazer uma despedida adequada.

─ Achou que ia embora sem me despedir, não é? Ou melhor, sem a gente se despedir ─ ele disse com um sorriso. Hagrid, emocionado, colocou sua grande mão nas costas de Jane, e então retirou algo do bolso de seu casaco enorme.

─ Isso é pra você, Harry ─ disse Hagrid, entregando-lhe um pequeno livro de capa gasta.

Harry abriu o livro, e seus olhos brilharam ao ver a foto dele, ainda bebê, junto com seus pais, sorrindo e felizes. Ele olhou para Hagrid, tocado pelo gesto.

─ Obrigado, Hagrid ─ disse, abraçando o amigo gigante. Em seguida, virou-se para Jane e a abraçou também. ─ Promete que vai ficar bem?

Jane sorriu, ainda que com os olhos marejados, e acenou afirmativamente com a cabeça.

─ Sentirei... saudade ─ ela disse, as palavras saindo com esforço, mas com sinceridade. Uma lágrima solitária desceu pelo seu rosto.

─ Vai logo, Harry! ─ disse Hagrid, dando-lhe um leve empurrão. ─ E lembre-se: se aquele primo bobalhão seu, o Duda, resolver te encher o saco, você pode... bem, digamos, dar um susto nele. Quem sabe dar a ele um par de orelhas pra combinar com aquele rabo que eu já dei.

Harry riu.

─ Mas, Hagrid... não posso fazer magia fora de Hogwarts, você sabe disso ─ disse Harry, embora divertido.

─ Eu sei ─ respondeu Hagrid com uma piscadela ─, mas seu primo não sabe, não é?

Harry riu de novo, com um sorriso travesso, antes de virar-se e correr em direção ao trem, onde Hermione e Rony o esperavam na porta, acenando.

Enquanto subia os degraus, Hermione o olhou com curiosidade.

─ É estranho estar indo para casa, não acha? ─ ela perguntou.

Harry lançou um olhar para Hagrid e Jane, que acenavam e sorriam, com Hogwarts ao fundo.

─ Não estou indo para casa ─ ele respondeu, com o coração aquecido. ─ Não mesmo.

O trem começou a se mover, e, pela janela, Harry, Rony e Hermione acenaram para Hagrid e Jane, que os observavam partirem. Jane acenou de volta, sorrindo, o rosto ainda marcado pela saudade, mas com uma esperança renovada. Sabia que Hogwarts agora era seu lar, e que tinha um lugar ao qual pertencia.

Por uma última vez naquele ano, ela viu os rostos dos amigos se afastarem, mas com a certeza de que voltariam para ela, e de que um dia, ela também descobriria mais sobre sua própria história e família. Hagrid, ao seu lado, deu-lhe um tapinha carinhoso nas costas.

─ Vamos, Jane ─ ele disse. ─ Sua jornada aqui ainda tá só começando.

E juntos, os dois caminharam de volta para o castelo, prontos para mais aventuras.
























cena pós creditos:

Jane caminhava pelo Vazio, o silêncio esmagador envolvendo-a por todos os lados

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Jane caminhava pelo Vazio, o silêncio esmagador envolvendo-a por todos os lados. A escuridão parecia infinita, absorvendo cada som e movimento. À sua frente, uma figura começou a se materializar. A silhueta era de um jovem estudante, trajando o emblema da Sonserina na capa.

Ele parecia alheio à presença de Jane, observando o nada ao redor, como se estivesse em outro lugar, preso entre dois mundos. Os ombros tensos, a postura altiva, mas estranhamente... inquieta.

Quando Jane deu mais um passo à frente, o silêncio foi quebrado. O estudante virou-se bruscamente, seu olhar atravessando a escuridão como uma lâmina. Seus olhos, frios e malignos, cravaram-se nos de Jane. O rosto estava contorcido em um sorriso perturbador, como se ele já esperasse por ela naquele Vazio.

Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha, paralisada sob o olhar ameaçador. A escuridão ao redor parecia se fechar ainda mais, densa e sufocante, enquanto o jovem avançava lentamente, cada passo ecoando em seu coração acelerado.

─ Srta. Jane! ─ A voz firme de Minerva ecoou, puxando-a de volta à realidade. Jane piscou, desorientada, sentindo o peso do mundo real ao seu redor novamente. Estava de volta à sala da professora McGonagall, e o rosto preocupado de Minerva a observava com intensidade.

Foi então que Jane percebeu o gosto metálico de sangue. Levando a mão ao rosto, viu o vermelho brilhante manchando seus dedos.

─ Seu nariz está sangrando... ─ Minerva comentou, seu olhar agora com uma mistura de apreensão e compaixão. ─ Você entrou em transe, usou os poderes novamente?

Jane tentou se lembrar, mas as imagens daquele Vazio ainda pareciam confusas em sua mente. A sensação do olhar maligno daquele garoto da Sonserina ainda lhe provocava calafrios.

─ Eu... não sei o que aconteceu. ─ respondeu, quase num sussurro, enquanto tentava entender o que a havia puxado para aquele lugar sombrio e o que aquele garoto poderia significar.

𝐈𝐍𝐉𝐔𝐑𝐘, ʜᴀʀʀʏ ᴘᴏᴛᴛᴇʀ.Onde histórias criam vida. Descubra agora