Wang Yibo amava sua cidade, Gusulan, e como delegado e Líder da Matilha, era sua obrigação mantê-la segura de tudo, principalmente dos filhos da noite.
Mas com a chegada dos irmãos Xiao, Yibo não precisa de muito para saber que Xiao Zhan, o vampiro...
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Se Yibo já não fosse acostumado com as cenas de um crime, aquela seria mais uma que facilmente poderia lhe causar um desconforto, e nem tanto pela morte em si, mas pela pessoa em si.
Ver alguém que você conhecia desde jovem, naquele estado, pálido como se não houvesse uma gota de sangue sequer em seu corpo, sem vida, jogado ao chão como se não fosse nada além de - nada - era doloroso de uma forma insana.
Era tarde da noite e não havia ninguém que estivesse perambulando por tal rua, o que de alguma maneira era bom e ruim. Não haveria curiosos assistindo e assustados com o que teria causado a morte de um conhecido, mas também não haveria testemunha para tal ato.
— Sinto muito.
Yibo se abaixou ao lado do corpo. Apesar da tristeza, estava com raiva. Aquele era um homem bom. Sivy era um senhor gentil, tinha uma esposa que o amava, filhos e netos que apreciavam-o, admiravam-o. Syv tinha uma pequena biblioteca na cidade, a única, na verdade. Yibo lembra que gostava de ir ao local sempre que precisava estudar ou para acompanhar sua irmã, pois mesmo que os anos tenham se passado, voltar ali, era como poder ter um vislumbre de si mesmo sentado numa mesa de canto com livros que ele devorava em poucas horas. Como entrar em um mundo novo e aprender tudo sobre ele.
Ele também lembra dos biscoitos e chá que Syv preparava, da conversa sobre sua vida e como gostava do que fazia.
Tudo isso se foi, e graças a quem?
— Vampiro. Não há rastros, a menos que sejam eles.
Yibo travou o maxilar com a menção de - eles - mas principalmente porque sua mente o levou apenas a um “deles” .
O lobo sabia perfeitamente que Xiao Zhan ou seu irmão poderia ser capazes disso, e principalmente o mais novo, a julgar pela frieza e diversão que o moreno sempre tem em seu tom ao falar sobre sua despreocupação com qualquer ser humano, contanto que servisse naquele momento, o resto não importava.
Mas porra.
Yibo estava furioso consigo mesmo por ter deixado tal coisa acontecer.
Ele estava furioso com sua própria pessoa por ter, por um momento, cedido ao louco e confuso sentimento de desejo por aquele homem.
Um vampiro. Santo lobo, o quão horrível ele era?
— Você viu isso? — Yibo empurrou seus perturbados pensamentos para longe de si, focando-se em seu velho amigo. — Isso é um desenho?
Cravada na pele do peito, onde havia perfeitamente o contorno sobre a camisa, Yibo pôde ver um desenho de uma caveira. Era ridículo, distorcido e se ele pudesse adivinhar o resto, ela estava em volta a chamas?
Além de um sanguessuga, ainda era um artista de merda? Aquilo era o que? Uma assinatura?
