Wang Yibo amava sua cidade, Gusulan, e como delegado e Líder da Matilha, era sua obrigação mantê-la segura de tudo, principalmente dos filhos da noite.
Mas com a chegada dos irmãos Xiao, Yibo não precisa de muito para saber que Xiao Zhan, o vampiro...
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— Maldito seja!
XingChen ouviu o xingamento atrás de um rosnado vindo de seu irmão e ele sabia que fosse lá o que Wang Yibo viu na floresta, não gostou nenhum pouco. Sentado na poltrona que ficava no canto próximo a um abajur, o jovem estava lendo um de seus livros favoritos, aproveitando o tempo em que aquela casa ficava em silêncio, considerando que Mian-Mian estava dormindo e o marido também, pelo horário, XingChen já deveria estar na cama, mas sempre que o irmão saia para trabalhos assim, ele se preocupava - mesmo sabendo que Yibo era capaz de se proteger - que algo acontecesse, optando então, por esperar que ele voltasse para casa primeiro.
— Merda… Ei, Xing.
Wang Yibo tentou sorrir, algo que saiu mais como uma careta, e XingChen fechou o livro e esperou que o surto começasse.
— Aquele maldito sanguessuga vai ficar na cidade! Ele não vai embora. — Yibo jogou as chaves no sofá, passando as mãos no cabelo, puxando levemente a raiz da nuca, xingando baixinho, a conversa ainda fresca em seus pensamentos, irritando-o ainda mais. — Ele não vai embora.
— E como vai ser?
XingChen levantou e caminhou até o lado oposto da sala, indo até a mesa de bebidas e servindo uma forte para que o lobo se acalmasse. Yibo tomou em um único gole.
— Não posso fazer nada, ele sabe disso, é tão fodidamente óbvio, e agora? Eu tenho que esperar o maldito fazer algo errado para que eu possa expulsá-lo daqui… ou matá-lo. Definitivamente prefiro matá-lo.
Cada frase saia rígida, e Yibo rosnou no final, as mãos em punhos. XingChen sabia o quão irritado seu irmão ficava quando algo não saia conforme ele queria, e essa chegada desse vampiro, estava o deixando no limite, prestes a explodir.
— Mas ele vai fazer algo errado, eu sei disso.
— Eu não. — XingChen se ouviu dizendo antes mesmo de parar, mas de alguma forma estranha, ele pensou isso. Agora ele estava sendo olhado pelo irmão como se ele tivesse uma segunda cabeça. — Se ele está aqui e sequer consegue pensar na sua ordem de “despejo”... tenho o pressentimento de que ele não vai fazer nada.
Yibo bufou, queria sacudir o irmão que tinha essa mania - às vezes estúpida - de pensar que havia um pouco de bondade dentro de cada um. E dentro de vampiros? Yibo tinha certeza que não.
Aqueles monstros só se importavam com eles mesmos, nada mais.
— Não me olhe assim, como se eu tivesse chutado o seu cachorro. Eu só… sinto.
— Não importa. Ele vai ficar e eu vou mandar os lobos ficarem de olho nele, um passo em falso e essa palhaçada de paz acaba e…
— Mo ligou. — XingChen interrompeu, desejando mudar o foco assassino do irmão para outra coisa e conseguiu, as feições se tornaram… quase confusas. — Faz tempo desde a última ligação. Ele disse que vai visitar outra cidade. Sinto falta dele.