Wang Yibo amava sua cidade, Gusulan, e como delegado e Líder da Matilha, era sua obrigação mantê-la segura de tudo, principalmente dos filhos da noite.
Mas com a chegada dos irmãos Xiao, Yibo não precisa de muito para saber que Xiao Zhan, o vampiro...
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XingChen não sabe como conseguiu chegar a ponte para encontrar Liu Haikuan. Tudo em sua cabeça estava confuso, seus pensamentos bagunçados, havia um grande número de perguntas que ele fazia a si mesmo, mas que de uma forma - bem fodida - terminava com aquelas palavras que havia lido no papel.
O jovem não conseguia organizar-se, nem mesmo sessar às lágrimas que pareciam não ter fim dos seus olhos.
Em passos incertos, XingChen tentava respirar um pouco e não desabar ali mesmo no chão e chorar mais ainda até que as lágrimas secassem. Uma sorte sua - que pudesse até agradecer depois pois não desejava ter que explicar o que sentia ou passava - era que a ponte estava vazia, exceto pelo homem próximo ao vão, olhando para a água que corria lá embaixo como se não houvesse nenhuma preocupação. XingChen mordeu o lábio, tentando se recompor, ou no mínimo parecer um pouco mais parecido com o médico, que estava tranquilo. Ele parecia, certo?
Diferente dele que estava com os olhos embaçados pelas lágrimas, vermelhos, até levemente inchados, seu rosto estava horrível, sentia que sim, seu cabelo bagunçado de tanto puxar para tentar voltar a realidade, longe daquele pesadelo infernal, mas não. Isso não parecia que era um sonho. Era real.
E como doía.
— XingChen.
O jovem parou, mordeu fortemente os lábios, tentou não soluçar mais alto quando os olhos do vampiro estavam sobre eles, e lá se foi todo o pensamento de que Liu estava tranquilo, porque ele conseguia ver a perturbação por trás daqueles olhos. XingChen não deu mais nenhum passo, observou em silêncio, mas com as lágrimas descendo por seu rosto vermelho, enquanto via o homem se aproximar dele, com passos ligeiros e quando estava a um passo de distância, ele não aguentou. XingChen agarrou Liu Haikuan como se sua vida dependesse disso, como se ele pudesse devolver alguma coisa para ele. Ele só precisava disso.
Liu suspirou trêmulo, ouvir o jovem chorar como se estivesse perdendo alguma coisa muito importante, balançava todo o seu auto e bom controle. Mas por longos minutos, ele não falou, não perguntou o que o machucava ou o que poderia fazer para ajudar, e apenas ficou ali, em pé, sentindo seu peito molhar com as lágrimas sem fim, ouvindo os soluços do jovem, e tendo seu corpo apertado como se outro tivesse receio que ele fosse embora.
XingChen sentiu seus cabelos serem acariciados levemente, e ele chorou mais. Mesmo que sentisse conforto - algo inexplicável quando se tratava de Liu Haikuan, que aprecia como uma presença calma ou uma brisa fresca, ele não entendia - ainda doía muito, a realidade estava arranhando seu peito.
— Ele está doente. — XingChen disse com o rosto contra o peito do homem, abafado. Sentia medo só de pronunciar a palavra em voz alta. — Eu não sei o que fazer!
Liu engoliu em seco, não sabendo se deveria deixar o humano saber que ele tinha percebido algo sobre o assunto. Havia visto o homem há alguns dias e ele parecia diferente, mas ele também era um bom mentiroso, então era crível que a família não tenha desconfiado? Liu não sabia.
