Por Soila Muller

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Escrevi milhares de poemas, e então, eu os apaguei
Pois nenhum jamais chegou perto de descrever você
Aprendi a escrever aos doze anos, e agora, aos vinte
Me encontro sem rimas
Ou até mesmo
Sem palavras.

Tudo o que você faz é com os olhos fixados em mim, tão apaixonados que chega a quase ser pecado
Eu diria que se esse fosse o caso, me condenaria ao inferno todos os dias apenas para continuar a te amar.

Mesmo assim, me pergunto:
Porque seriamos impuros? Indignos? Ou pecadores? Não carregamos amor na mesma intensidade? Creio que nenhuma ação que carregue tanto amor, possa ser considerada de alguma forma, um pecado.

Suas palavras tocam-me o coração
Seus abraço acalma minha alma e refrescam minha mente
E nesse momento não me interesso em saber o meu destino
Apenas me interesso em saber se você vai estar comigo
Com você, qualquer lugar se torna o paraíso.

Tudo o que dividimos até então, ultrapassaram de prazeres carnais
E todos os sons que ouvi de você, se tornaram minha melodia favorita
É mais do que um simples prazer e que fique claro que todos os sons que faço e ainda farei, são única e exclusivamente para você.

Mesmo ao ar livre
Um simples toque de mãos é o suficiente para aquecer meu corpo inteiro
E mesmo que não me toque, basta um olhar seu para me incendiar completamente.

Você foi quem eu pedi e achei que não chegaria, sem saber de qualquer coisa
Tu cumpriste os meus desejos profundos
Não usou as mãos
Me tocou
Com a alma.

— Olhar que me incendeia, doce alma que me alegra.