Favorite Crime(casey Novak)

capítulo 16

Casey tentou manter o controle, lutando contra o desejo que ameaçava dominá-la. Mas a proximidade de Polly, o perfume dela e a sensação da pele sob seus lábios eram intensos demais para ignorar. Ela hesitou, os olhos se fixando no rosto de Polly como se buscasse uma última confirmação, uma permissão silenciosa.

Mas o olhar de Polly era desafiador, misturando surpresa e expectativa. Casey cedeu, levando os lábios suavemente ao decote de Polly, explorando cada toque e cada reação. À medida que seus beijos desciam, um arrepio percorreu o corpo de Polly, que tentava em vão controlar os suspiros que escapavam.

Era como se todo o conflito entre elas se dissipasse naquele instante, dando lugar a algo puro, instintivo. Casey parou por um momento, erguendo o rosto e encarando Polly, os olhos dela iluminados por uma mistura de desejo e emoção. Sem dizer uma palavra, Casey deixou que suas ações falassem, transmitindo tudo o que sentia naquele beijo, naquele toque — algo que palavras nunca seriam suficientes para expressar.

Casey mal podia acreditar no que estava acontecendo, mas cada toque e cada beijo faziam todos os seus pensamentos racionais desaparecerem. Ela sabia que ceder a esse desejo era imprudente, mas o calor entre elas tornava impossível resistir. Sem perceber, entre beijos e carícias, as duas acabaram indo parar no quarto, como se algo invisível as guiasse até lá.

Lá, em meio à penumbra e ao silêncio do ambiente, Casey fitou Polly por um instante, absorvendo cada detalhe, desde a intensidade em seu olhar até o sorriso tímido e desafiante. Ela aproximou-se novamente, deixando seus lábios encontrarem os de Polly com uma suavidade diferente — agora, os beijos eram lentos e cheios de um desejo que não precisavam mais reprimir.

Casey envolveu Polly em seus braços, e naquele instante, o mundo lá fora deixou de importar. Não havia mais certo ou errado, apenas elas duas, entregues ao momento.

Polly sentia seu coração bater com uma intensidade dolorosa. O desejo reprimido, a tensão constante entre elas e a mistura de sentimentos confusos finalmente haviam chegado a esse momento inevitável. Ela sabia que Casey não confiava nela, que talvez a visse apenas como alguém culpada, alguém que precisava ser punida. Mas ali, naquela pequena bolha de silêncio e calor, essas questões pareciam irrelevantes.

Enquanto Casey a segurava, beijando-a com uma urgência que Polly jamais havia sentido antes, tudo ao redor desaparecia. Os olhares acusadores, as suspeitas, a ameaça de prisão — nada disso importava agora. Ela se entregou ao momento, permitindo-se sentir algo que sempre manteve escondido, algo que a fazia esquecer, mesmo que por um instante, da realidade.

Casey, imersa na mesma confusão de emoções, parecia igualmente envolvida. Talvez, no fundo, soubessem que estavam se arriscando, mas naquele instante, a verdade e a culpa foram deixadas de lado, substituídas por um desejo que nenhuma delas conseguia controlar.

Quando os primeiros raios de sol iluminaram o quarto, Casey despertou lentamente, lembrando-se do que havia acontecido. Ao seu lado, Polly ainda dormia, com a expressão tranquila que contrastava com a intensidade da noite que passaram juntas. A realidade, no entanto, caiu sobre Casey como um peso. Ela, uma promotora determinada a fazer justiça, havia passado a noite com uma mulher que, segundo seu próprio julgamento, era uma criminosa.

A preocupação rapidamente tomou conta dela. Se alguém descobrisse, sua reputação e carreira estariam em risco. Como ela poderia justificar uma ligação tão íntima com alguém que deveria ser sua inimiga? Sentiu-se dividida entre a atração inevitável por Polly e o medo das consequências.

Polly despertou em silêncio, os olhos encontrando os de Casey com uma mistura de cumplicidade e incerteza. Sabia que Casey poderia se arrepender, que para ela aquilo significava algo arriscado e contraditório. Contudo, não havia arrependimento em seu rosto, apenas um olhar sereno, como se estivesse disposta a aceitar as consequências.

Casey suspirou, sentindo o conflito interno se intensificar. Ela sabia que não podia deixar isso acontecer de novo, que sua integridade profissional estava em jogo. Mas enquanto olhava para Polly, parte de si ainda hesitava, como se estivesse à beira de fazer uma escolha que poderia mudar tudo.