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Cherry Wine - HozierAssim que Billie se vira para descobrir de quem vinha aquela voz grave e impositiva, seus músculos se retesam, e a respiração para por cinco breves segundos. Uma onda de raiva e nervosismo atravessa seu corpo, fazendo suas mãos tremerem de leve, um tremor que ela odeia sentir. À sua frente, o homem responsável pelos seus piores pesadelos exibe um sorriso presunçoso, um sorriso que só faz o desejo de socar-lhe o rosto crescer dentro dela.
— Que surpresa encontrar você por aqui — ele diz, mas seu tom revela que de surpresa nada tem.
— Eu preferia que continuasse assim — rebate, ríspida. — Não perca seu tempo aqui; nos poupe disso. Já foi o bastante.
Cada palavra carrega a sua raiva, um recado claro de que a presença dele é a última coisa que ela quer. Mas, para ele, aquilo parece um estímulo. Ele percebe o incômodo dela e gosta. Gosta de saber que Billie ainda sente o peso do que aconteceu. E vai fundo: ele quer provocá-la, testar a sua paciência até o limite.
Ele a encarava com o queixo erguido e o mesmo sorriso provocador, deixando claro que não sentia qualquer arrependimento. Parecia quase orgulhoso, como se quisesse provar que para ele tudo estava normal, enquanto ela, do outro lado, lutava contra o impulso de simplesmente acabar com tudo ali.
Do outro lado da mesa, Finneas observava a cena em silêncio, mas atento. Bastaram alguns segundos para ele captar o peso daquela tensão. Ele não sabia os detalhes, mas via claramente que a fúria da irmã tinha raízes profundas e dolorosas.
— Não me diga que ainda está ressentida com o que aconteceu? — ele perguntou, com ironia, o que só fez Billie apertar ainda mais as mãos, tentando manter o controle. — Sei que você descobriu de um jeito... desagradável. Mas não sou uma má pessoa, sabe disso. Não mereço esse tratamento tão rude.
— Não seja cínico! — rebateu ela, batendo com a mão na mesa, antes de perceber que havia chamado a atenção de quem estava por perto. Com um esforço, recompôs-se, mas os olhos faiscavam. — Você é o maior culpado por tudo o que aconteceu. Não se faça de inocente, não me vire o jogo como se eu fosse a rude da história!
A raiva de Billie estava evidente em cada palavra, uma raiva que ele parecia saborear. Ao invés de recuar, ele permanecia ali, firme e desafiador, provocando como se aquele confronto fosse o que ele desejava desde o começo.
— Você pode estar chateada, é até compreensível — ele diz, com uma calma que só a irrita mais. — Mas eu não tenho culpa. Ninguém escolhe por quem vai se apaixonar ou quando isso vai acontecer. Eu e a Maya... não tivemos escolha. Foi inevitável.
Apesar de querer provocar, as palavras do nomem foram verdadeiras. Ele amava Maya e mesmo sabendo da forma errada de como começara, não podia se arrepender de querer tê-la pra si. Ele estava apaixonado. Só queria deixar claro.
Por outro lado, Billie recebeu as palavras de forma dura, foi atingida com toda aquela informação e só podia sentir mais raiva e tristeza. Sem vontades para continuar ali, ela se levanta, mas não consegue se segurar e acaba deixando seus pensamentos escaparem.
-Não me venha com essa história de amor! Você ajudou Maya acabar com o nosso casamento. Você destruiu o meu casamento. ela acusa com ênfase -Não me venha dizer que isso é paixão, que isso é amor, pois não é e nunca vai ser. Porque um amor não tem que destruir outro para existir.
-Eu a amo, Billie. -afirma -Eu não pude evitar e saiba que ela também me ama. Se não fosse agora, mais pra frente o casamento de vocês iria acabar. Não tinha outra saída. Você pode não acreditar, mas existe amor por trás da sua dor.
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Love Reason - Billie Eilish
FanficTodos falam que o amor não é uma escolha, que não se pode escolher por quem se apaixonar e quando isso pode, ou não, acontecer. Mas e se você for obrigada a escolher entre o amor da sua vida, ou o seu futuro? Esse é o caso da Arabella. Garota subur...