PÂNICO NA FLORESTA - PARTE FINAL
"Não destrua o futuro por problemas do passado" - Pensador(a)
Larah passou muito tempo andando com os homens à procura de seus amigos e durante esse tempo não falou um "A", apenas ouvia os homens conversando entre si de vez em quando. Larah não conseguia não pensar que seus amigos estavam a sua procura e que poderiam estar muito longe da direção em que os homens estavam indo, talvez até na direção oposta.
Larah começou a realmente se assustar quando era difícil ver para onde iam, pois a noite estava chegando. Larah temeu que os homens desistissem de procurar seus amigos e voltassem do lugar de onde vieram. "Se bem que..." Larah pensou "Eles não voltariam agora, pois está escurecendo".
O líder, que estava na frente, parou e disse algo, no qual Larah obviamente não entendeu, mas deduziu que foi uma ordem para que dois dos homens fossem buscar algo.
Logo os homens que foram ordenados a buscar algo voltaram, um deles tinha pequenos gravetos e o outro tinha pedaços de troncos de árvores, largos, porém pequenos. Larah tinha certeza de que fariam uma fogueira para passar a noite e que no dia seguinte iriam voltar a procurar seus amigos.
Larah se escorou em uma árvore e ficou vendo os homens fazerem a fogueira, analisando cada movimento e tentando entender no quê o que eles faziam iria ajudar para a fogueira acender. No fim nem foi tão complicado, eles só fizeram a estrutura e acenderam com algum tipo de pederneira.
À noite era bem frio, e Larah se perguntava se eles realmente queriam ajudá-la ou só queriam manipular ela para poderem matá-la. Mesmo que o líder tenha se mostrado bem legal, Larah tem experiência com pessoas traíras e não descartava essa possibilidade. Mas, se isso acontecesse, o que ela poderia fazer contra todos aqueles homens? Nada. Então Larah preferia pensar que eles só queriam ajudá-la.
Aquele lugar era muito assustador à noite. Ouvia rugidos, árvores caindo e até choro de bebês. Larah se arrependeu profundamente de ter corrido tanto. O líder daqueles homens foi até o garoto do cabelo estranho e disse algo. O garoto revirou os olhos, abriu sua mochila, pegou um pano e jogou para Larah, que pegou o pano e olhou para o homem confusa. O homem apontou para Larah e fingiu que se enrolava com um pano. Ela compreendeu que o homem mandou o garoto dar esse pano para Larah se enrolar para dormir.
Larah se sentou no pé da árvore e se enrolou com o pano, ficando apenas olhando para a fogueira, que a aquecia mais que o pano. Depois de alguns minutos, apareceu um tigre, mas como os homens mantiveram a calma, Larah deduziu ser o mesmo tigre falante de antes e ficou mais calma do que ficaria se não fosse..
— Ela vai comer com a gente?— pergunta o tigre, se deitando no chão repleto de folhas.
— Sim. — diz o líder — Ela parece não ter comido hoje.
Um homem mais morenino e baixinho que os outros pega alguns pedaços de carne de sua bolsa, espeta em um graveto que também estava em sua bolsa e o apoia nos troncos. Larah ergueu a cabeça, animada para comer quando a carne estivesse pronta.
— Ela parece estar morrendo de fome — comentou o tigre, parecendo irritado. Ou deveria ser porque tigre tem uma cara de mau mesmo.
Passara alguns minutos. A carne não estava nem perto de ficar pronta e estava tudo muito entediante. Larah então decide tentar conversar com o líder. Larah desenhou uma garota com a boca aberta e um homem ao seu lado também com a boca aberta.
— Conversar? — perguntou o homem, apontando para a própria boca e depois, com um gesto com as mãos como se algo estivesse saindo de sua boca.
— Oh, Natureza... — irritado, o tigre apoiou a cabeça nas patas e fechou os olhos, já imaginando como aquilo demoraria.
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A OUTRA PEÇA - Um Mundo Para Explorar
FantasyÉ estranho existir uma história de fantasia sem fadas, trolls e sereias? Nessa história, a fantasia vai acontecer aqui na Terra mesmo, mas em uma parte diferente, onde não existe nada parecidos com unicórnios, mas sim com animais normais, como cacho...