Nota da autora: Oi, meus amores! Como estão? Espero que estejam curtindo a fic tanto quanto eu estou adorando escrevê-la. Quero agradecer de coração por cada leitura, cada comentário – vocês são incríveis e eu adoro ver as reações de todos. Um agradecimento especial às meninas do grupo de fic no WhatsApp, por terem a ideia do Travis e por sempre estarem ao meu lado nas minhas maluquices. Eu queria muito citar todo mundo, mas morro de medo de esquecer alguém, então, vocês sabem quem são e eu sou eternamente grata a todas!
Obs: No próximo capítulo, vem o tão aguardado flashback – finalmente vamos entender tudo o que aconteceu naquela fatídica noite.
Boa leitura e obrigada por tudo, de verdade.
Com carinho,
Clarissa.•••
Colin Bridgerton
Aquela sensação era desconfortável pra caralho, crescendo e se retorcendo no meu peito como um veneno. Era ciúmes, ciúmes de um tipo visceral, quase irracional. Estava furioso comigo mesmo por senti-lo com tanta intensidade. Eu não tinha o menor direito de me sentir assim. Penelope tinha todo o direito de seguir em frente, ela merecia ser feliz. Sabia disso, sim. Mas saber disso não bastava para impedir o nó que apertava meu estômago cada vez que eu a imaginava com aquele maldito Boeser.Era uma reação física, quase como um soco brutal no estômago que me deixava desorientado. Eu deveria ter ido atrás dela. Deveria ter feito qualquer coisa, ter impedido que ela saísse sozinha, depois de uma noite tão carregada de emoções. Mas hesitei. As palavras me paralisaram, quando o que ela mais precisava era de ação, de algo que eu não fui capaz de oferecer. E Boeser foi mais rápido. Ele estava lá, pronto para ampará-la, enquanto eu ficava para trás, preso na minha própria inação. Só de imaginar que Penelope tinha ligado para ele, que escolheu buscar ajuda de um estranho em vez de confiar em mim, a raiva subia pela minha garganta, queimando.
Ela confiou nele. Nele. Um cara que ela mal conhecia. E talvez fosse isso que me irritava tanto, porque eu sabia que ele não precisava fazer o mínimo esforço para ser o cara perfeito para Penelope. Ele simplesmente era, ou pelo menos parecia ser. Travis Boeser. O grande santo da vez, o príncipe encantado. Todos o adoravam. Eu sabia o que diziam sobre ele, e não era pouca coisa: um cara gentil, respeitador, politicamente consciente. Conhecido por tratar as mulheres com uma delicadeza que fazia com que parecesse um tipo raro de homem. Fazia doações, campanhas solidárias, defendia causas — a porra do príncipe perfeito, completo com o sorriso carismático que encantava qualquer um.
Mas, se era tão perfeito, então por que ele estava solteiro? Por que, com todos aqueles atributos, ele ainda estava vagando por aí, sem compromisso? Não era como se as mulheres não quisessem alguém assim. Ele era aquele tipo de cara, o tipo que parecia bom demais pra ser verdade. Tão perfeito que chegava a ser irritante.
Esfreguei o rosto com as mãos, tentando empurrar aqueles pensamentos ridículos para longe. Era ridículo. Aquilo tudo era um absurdo completo. Ele era bom, perfeito, tudo bem. Mas nada disso importava. Ou, pelo menos, não deveria importar. O que me enlouquecia de verdade era a ideia de que ele poderia ser, justamente, o tipo de homem que Penelope merecia, enquanto eu... Eu era o cara que a decepcionava.
A forma como ela tinha falado sobre o blog e a culpa que assumiu, como se estivesse tentando me poupar de algo... tudo isso me deixava insano. Penelope estava escondendo algo, eu sentia isso. Algo que ela não estava disposta a compartilhar comigo, algo que parecia nos afastar ainda mais. Não era só o tom de voz, nem o olhar desviado; era o jeito como ela segurava algo doloroso dentro de si.
Fiquei ali, remoendo cada segundo daquela conversa até que se tornasse um borrão na minha mente. O brilho desolador nos olhos dela, a voz embargada, como se cada palavra fosse um sacrifício. Parecia que dizer cada sílaba lhe causava uma dor física, uma dor que ela insistia em carregar sozinha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Game Changer: Love Edition • Polin
RomansaColin Bridgerton e Penelope Featherington eram inseparáveis na infância. Ele, o garoto que sempre roubava a cena com seu charme irresistível, e ela, a menina com uma generosidade que iluminava qualquer ambiente. Juntos, formavam uma dupla imbatível...