Capítulo 4

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À medida que Emma passava mais tempo com Raúca, a conexão entre elas crescia de uma maneira que Emma não podia ter previsto. O relacionamento que começou como uma simples amizade baseada em interesses comuns rapidamente se transformou em algo mais profundo e significativo.

Nos encontros que tiveram, Emma não podia deixar de admirar a beleza estonteante de Raúca. Seus cabelos loiros e olhos azuis vibrantes pareciam capturar a luz de uma maneira mágica, e sua presença exalava uma sedução natural que era impossível de ignorar. Ao mesmo tempo, Raúca também não pôde deixar de ser cativada pela aparência marcante de Emma - sua pele pálida contrastando com seus longos cabelos negros e olhos castanhos expressivos, criando uma figura de mistério e atração.

Em uma noite especialmente estrelada, as duas se encontraram para um jantar na varanda da mansão dos DeLavesca. A conversa fluía de forma natural, como sempre, mas havia uma tensão subjacente no ar que ambas podiam sentir. Raúca olhava para Emma com uma intensidade que ia além da simples amizade, e Emma sentia seu coração acelerar a cada troca de olhares.

- Emma, você é uma pessoa muito especial para mim - disse Raúca, sua voz suave, mas carregada de emoção. - Nunca conheci alguém com quem me sentisse tão conectada.

Emma sentiu uma onda de calor subir pelo corpo. As palavras de Raúca refletiam exatamente o que ela sentia, mas não tinha tido coragem de admitir até aquele momento.

- Raúca, sinto o mesmo. Desde que te conheci, minha vida mudou de uma maneira que eu não esperava. Você me faz sentir viva de uma forma que nunca senti antes - confessou Emma, seu coração batendo forte no peito.

Os olhos de Raúca brilharam com emoção, e ela deu um passo à frente, diminuindo a distância entre elas. A proximidade fez com que Emma sentisse o perfume suave de Raúca, uma mistura de flores e algo inebriante que a fez perder o fôlego.

- Emma... - sussurrou Raúca, suas palavras cheias de hesitação e desejo.

Antes que pudesse pensar, Emma se inclinou e seus lábios encontraram os de Raúca em um beijo terno, mas intenso. O mundo ao redor delas pareceu desaparecer, e por um momento, nada mais importava além da sensação do beijo que compartilhavam. Raúca correspondeu com igual intensidade, seus braços envolvendo Emma e puxando-a para mais perto.

Aquele foi o início de um romance escondido e apaixonado. Emma e Raúca passaram a se encontrar secretamente sempre que podiam, aproveitando cada momento juntas. Os encontros clandestinos eram repletos de emoções intensas e sentimentos profundos, algo que ambas sabiam ser arriscado, mas irresistível.

Elas exploraram Nova York juntas, encontrando-se em cafés aconchegantes, parques tranquilos e até em hotéis discretos onde podiam se entregar ao amor sem medo de serem descobertas. Cada encontro era um refúgio da realidade, onde podiam ser elas mesmas e expressar livremente o que sentiam uma pela outra.

Embora ambas soubessem dos riscos de seu romance, a paixão e o amor que compartilhavam eram mais fortes do que qualquer medo. Emma, por sua vez, sentia-se cada vez mais dividida entre sua missão e seu coração. A crescente afeição por Raúca tornava a tarefa de obter informações sobre Otto ainda mais complicada.

Em uma dessas noites, enquanto estavam deitadas na cama de um hotel, Raúca acariciava o rosto de Emma com ternura, seu olhar fixo nos olhos castanhos de Emma.

- Emma, o que vamos fazer? - perguntou Raúca, sua voz carregada de preocupação. - Nosso relacionamento é maravilhoso, mas também é perigoso. Estou preocupada com o que pode acontecer se Otto descobrir.

Emma suspirou, sentindo o peso da situação.

- Sei que é complicado, Raúca. Mas a única coisa que sei é que te amo e não quero te perder. Vamos encontrar uma maneira de fazer isso funcionar - disse Emma, sua voz firme, mas suave.

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