Capítulo 11

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Os dias seguintes à prisão de Simon e Otto foram marcados por uma sensação de alívio e esperança para Emma e Raúca. Finalmente, pareciam estar livres das ameaças que os assombravam. No entanto, Emma sabia que a calma poderia ser apenas temporária, e sua mente estava sempre alerta para qualquer sinal de perigo.

Certa manhã, Emma acordou sentindo uma inquietação inexplicável. Algo parecia estar fora do lugar, mas ela não conseguia identificar o que era. Decidiu manter seus sentimentos para si mesma, para não preocupar Raúca desnecessariamente.

Ao longo do dia, Emma se manteve ocupada, tentando evitar que seus pensamentos vagassem para o que poderia estar errado. Saiu para resolver algumas tarefas, enquanto Raúca ficava em casa, trabalhando em um novo projeto de arte.

As horas passaram e, à medida que a tarde se transformava em noite, Raúca começou a se preocupar com a ausência prolongada de Emma. Tentou ligar para ela várias vezes, mas todas as chamadas iam direto para a caixa postal. A inquietação de Raúca crescia, mas ela tentou se convencer de que Emma simplesmente havia se atrasado com as tarefas.

Quando a noite caiu e Emma ainda não havia retornado, Raúca sentiu o pânico se instalar. Decidiu sair à procura de Emma, mas não tinha ideia de onde começar. Ligou para alguns conhecidos em comum, mas ninguém tinha notícias de Emma.

Desesperada, Raúca decidiu ir até a delegacia local para relatar o desaparecimento. Enquanto falava com o policial de plantão, tentou manter a calma, mas sua voz tremia de preocupação.

- Minha... minha amiga está desaparecida. Ela saiu esta manhã e não voltou. Isso não é normal para ela - explicou Raúca, tentando segurar as lágrimas.

O policial fez algumas perguntas, pegou as informações de contato de Raúca e prometeu iniciar uma busca imediatamente. Saindo da delegacia, Raúca sentiu-se impotente, sem saber o que fazer a seguir.

Naquela noite, Raúca não conseguiu pregar o olho, esperando ansiosamente por qualquer notícia de Emma. Cada minuto que passava sem informações aumentava sua angústia.

Enquanto isso, a mente de Emma se esforçava para despertar de um torpor induzido. Estava presa em um lugar escuro e desconhecido, com suas mãos e pés amarrados. Sentia uma dor latejante na cabeça e a boca seca. Tentou se lembrar dos eventos que levaram ao seu cativeiro, mas sua mente estava enevoada e confusa.

Forçando-se a manter a calma, Emma tentou avaliar sua situação. Ouviu vozes abafadas e passos distantes, mas não conseguia identificar quem eram seus sequestradores. As paredes ao seu redor eram frias e úmidas, sugerindo que estava em algum tipo de porão ou armazém.

Enquanto lutava contra o desespero crescente, Emma pensou em Raúca. Sabia que precisava encontrar uma maneira de escapar, não apenas por si mesma, mas também por Raúca, que certamente estaria preocupada e desesperada.

Na manhã seguinte, Raúca recebeu uma ligação da delegacia. Os policiais informaram que haviam encontrado o carro de Emma abandonado em uma área remota, mas não havia sinal dela. A descoberta apenas aumentou a preocupação de Raúca, que temia pelo pior.

Decidida a não desistir, Raúca começou a investigar por conta própria. Vasculhou todas as pistas que Emma poderia ter deixado e contatou todos os amigos e conhecidos que poderiam ter qualquer informação.

Enquanto isso, Emma continuava a procurar uma maneira de escapar de seu cativeiro. Usou todas as suas habilidades para tentar soltar as amarras que a prendiam e ouvir mais atentamente as conversas e movimentos ao redor.

Depois de várias tentativas, conseguiu afrouxar as cordas em seus pulsos o suficiente para se libertar. Sabia que precisava ser extremamente cautelosa, pois qualquer movimento em falso poderia alertar seus sequestradores.

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