Capítulo 16: '(Mateus 5:44-45)'

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"Mas eu digo a vocês: Amem os seus inimigos e orem pelos que os perseguem, para que vocês se tornem filhos do seu Pai que está nos céus. Ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz chover sobre justos e injustos."
(Mateus 5:44-45)

😈Poncho:

Eu havia aberto os olhos de Anahí; agora, ela sabia tudo sobre demônios, ou quase tudo. Tudo o que me ligava ao demônio estava muito bem guardado e longe do alcance de qualquer olhar curioso, o que não faltava nesse convento. Principalmente Manuel, que sempre arruma um jeito de me atrapalhar, e agora que roubei o título de bispo dele, ele não mediria esforços para me foder de todas as formas.

Eu caminhava de um lado para o outro, incapaz de me acalmar. Cada passo ecoava nas paredes do escritório, amplificando minha frustração. Por que eu havia mostrado tanto a Any? Agora ela sabia demais, e isso estava me corroendo. O arrependimento se misturava com a raiva; eu deveria ter sido mais cauteloso.

Minha mente fervilhava com pensamentos sombrios.

— Como eu pude ser tão imprudente? — Rosnei.

Deixar que ela visse o que a maioria nunca saberia foi um erro colossal. E agora, ela estava desaparecida durante todo o dia, e isso não era nada bom. Cada segundo que ela estava fora do meu alcance era uma oportunidade para ela escapar, ou pior, para Manuel aproveitar a situação para me prejudicar. O maldito Manuel, sempre pronto para se meter onde não é chamado.

Parei por um momento, esfregando a testa com força, tentando dissipar a dor de cabeça que ameaçava surgir. Eu precisava encontrá-la antes que fosse tarde demais. Peguei o telefone e dei ordens rápidas e precisas, enviando meus homens mais confiáveis e talentosos atrás dela. Eles eram os melhores, e eu confiava que fariam tudo o que fosse necessário para trazê-la de volta.

Eu não conseguia ficar parado. A incerteza era insuportável, e a ideia de perder o controle me atormentava. Finalmente, a frustração e a raiva transbordaram.

Ela não pode simplesmente desaparecer. — Murmurei, cerrando os punhos com força. — Eu a encontrarei, custe o que custar.

Com essas palavras, soco a parede com toda a minha força. O impacto ressoou pelo Escritório, e uma rachadura profunda se formou no gesso, se espalhando rapidamente. Como demônio, minha força era muito maior do que a de um humano comum, e o soco deixou um buraco considerável na parede.

Respirei fundo, sentindo o leve tremor do prédio ao meu redor. A dor física do impacto foi insignificante comparada ao tumulto dentro de mim. Olhei para o buraco na parede, uma lembrança tangível da minha própria natureza e do caos que eu carregava. Eu precisava encontrar Any antes que tudo saísse ainda mais do controle.

Eu olhei para o buraco na parede, respirando pesadamente. A visão daquela destruição repentina e descontrolada me lembrou da minha própria natureza.

Sou mais do que humano. — Pensei, uma amarga constatação de quem eu realmente era. Odiava usar meus poderes demoníacos; cada vez que o fazia, sentia a sombra do que sou realmente se aproximar, uma sombra que preferia manter oculta.

Mas, neste momento, a falta de informações e a urgência da situação me deixaram sem escolha. Eu precisava encontrar Any, e rápido.

Ao decidir usar meu poder demoníaco, concentrei-me profundamente, canalizando a energia que fluía nas profundezas do meu ser. Fechei os olhos, sentindo o calor familiar e sinistro começar a se espalhar pelo meu corpo. Minha respiração se tornou lenta e controlada, enquanto puxava para a superfície a força que tanto relutava em usar.

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⏰ Última atualização: 5 hours ago ⏰

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Sagrado Profano - PonnyOnde histórias criam vida. Descubra agora