Give it to me || Sope

Nine

Por que o lugar parecia tão quente? Era comum o banheiro começar a ferver?

Hoseok sentiu que quanto mais Suga prosseguia com seus atos ali consigo, mais o ambiente esquentava tanto quanto seu próprio corpo parecia em chamas, talvez a bebida já estivesse afetando o raciocínio do seu cérebro, visto que ele não mandava coordenadas para o seu corpo e com isso ele se mantinha paralisado na espera de algo, algo vindo por parte do loiro que em segundos já deslizava uma das mãos frias até o seu pescoço quente, trazendo uma sensação prazerosa quando mantia um contato visual tão duradouro entre eles, sendo o mais longo depois de semanas conversando — ou tentando conversar.

O loiro respondeu de maneira curta, como sempre, mas naquela situação, fizeram os pelinhos da nuca arrepiarem já pelo pouco estímulo que recebia do mesmo. E de forma inesperada, o loiro forçou seu rosto para que se aproximasse do mesmo, fazendo-o abaixar um pouco no ato enquanto a respiração alheia já batia contra sua face, vindo com isso o cheirinho de álcool, misturando-se naquele pouco espaço que ambos tinham entre si. Suga desceu brevemente os lumes negros, olhando para um local que Jung sabia bem onde era, espelhando sua ação, e olhando também para os lábios rosados alheios quando o viu umedecê-los. Alternou por segundos para o sorriso alheio, o rosto que sempre possuía uma expressão tão fechada, sendo algo realmente por segundos, pois logo após sentiu os lábios alheios se prensarem contra os seus, em um beijo até então sutil, mas carregado de sentimentos confusos.

Talvez já tivesse passado de sete, oito, nove, dez minutos... ou até mesmo horas. Mas realmente importava? Realmente algum deles pensava em parar? Não sabia, só aproveitava o mergulho de cabeça que dera quando retribuiu aquele ósculo, fechando seus próprios olhos enquanto retirava as mãos da pia para direcionar-las na cintura alheia, o abraçando. Sentia o estômago se revirar, coração palpitar fortemente, e o corpo por inteiro continuar a esquentar cada vez mais que aprofundava o beijo.

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A sensação de ter os lábios de Hoseok colados aos seus era definitivamente uma das melhores coisas que havia sentido, ele tinha lábios macios e delicados, pareciam se encaixar tão perfeitamente aos seus que lhe causava até náuseas. Ou melhor, a redução do fluxo sanguíneo no intestino que produz a conhecida sensação de borboletas no estômago, que são os nervos sensoriais a indicar ao organismo que estamos mais ansiosos ou nervosos, ou até felizes com determinadas situações.
Naquele momento em específico era certamente a última opção, Suga não se sentia ansioso ou nervoso, pelo contrário, se sentia em paz, apesar de seu corpo estar totalmente em chamas.

Assim que fora retribuído, ele levou sua outra mão para a cintura alheia, puxando o ruivo para ainda mais perto até que seus corpos estivessem praticamente colados, causando reações diversas em ambos, arrancando um pequeno suspiro por parte do loiro, que aprofundou o beijo.

Não percebeu o tempo se passar enquanto travava uma batalha por território contra a língua do maior, explorando cada centímetro de sua boca até perder totalmente o fôlego.

Seu coração palpitava dentro de sua caixa torácica, o ambiente que deveria ser um banheiro parecia mais com uma sauna, seu corpo em completa combustão, se sentia tão quente quanto um pedaço de carvão em brasa.

Entrelaçou seus dedos aos fios da nuca de Jung, os puxando levemente quando o beijo foi finalizado e ele buscou recuperar o ar de seus pulmões, seus olhos se abriram e ele pôde se deleitar da bela visão de um Hoseok em sua mesmíssima situação, os lábios levemente rosados pelo contato recente e os mesmos olhos repletos de desejos.

Se pegou lembrando de sua apresentação, de como ele ficava atraente em seu estado cansado e suado, com isso direcionou as pontas dos dedos pela região do pescoço alheio, se lembrando do suor que escorria ali, acompanhando com o toque até a barra de seu moletom escuro, tão brega quanto o próprio, mas devidamente adorável. Levantou levemente o tecido apenas para invadir por baixo, tocando com os dedos frios a pele de seu abdômen enquanto mantinha o contato visual, em busca de qualquer incômodo por parte do outro. Não encontrou.