CAPÍTULO 7

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Alex

– Você precisa ficar calmo, neguinho.

Eu tentei, mas era impossível e somente abracei ele um pouco forte.

– Oh, meu anjo, Vamos pra minha cela, lá podemos ter um pouco de privacidade

– T- Tudo bem.

O boquinha tinha me puxado pra sua cela.

– Pronto, fique calmo. – Ele se ajoelhou em minha frente frente e segurou meu rosto firmemente. – Vai ficar tudo bem, querido.

Olhei pra ele e soltei um suspiro.

– Como, Boquinha? Como vai ficar tudo bem? Tem dois homens me querendo e um deles devem estar machucando o B nesse momento, por minha causa.

– Sinto muito, neguinho. – Apenas acenei a cabeça sem conseguir falar.

Ele sentou ao meu lado, e ficou sem falar nada também.

– Quando estava vindo pra minha cela, encontrei aquele tal de Baby. – Falei do nada.

– O que aquela bicha nojenta fez? – perguntou brabo.

– Falou pra eu tomar cuidado e quem manda na prisão é ele. – Ele bufou.

– Aquela idiota se acha poderosa só por que o Diabo come o cu dele. – Revirou os olhos.

Não acho que eu estou pronto pra conhecer esse homem. – Falei com um pouco de medo.

De tanto ouvir o que esse homem é capaz, prefiro nem conhecê-lo.

Isso é impossível neguinho, ele é literalmente o dono dessa prisão é com certeza vai querer saber sobre os novatos que foram mandados pra cá.

– Você acha que ele vai querer alguma coisa comigo também? – Questionei ja me preparando mentalmente para isso.

– Sendo sincero? – Acenei a cabeça em um sim. – Talvez, você é muito mais bonito que o Baby e com certeza poderá chamar a atenção dele.

Soltei um suspiro com isso.

Pronto, era o que me faltava,  sério que não vou ter paz nesse lugar?

– Os homens daqui não querem jovens feios, todos queriam o Baby quando chegou aqui, mas o diabo o tomou pra si.

– Queria nem ser bonito então. – Na verdade nunca me achei bonito, mas agora esses malditos presos me querem só por me acharem "bonito".

– Sinto muito por isso anjo.

– Não é sua culpa Boquinha, tudo bem.

Ficamos sem falar mais nada e vimos o Negão saindo da cela com um sorriso.

– B!!  – Falei preocupado.

Nós dois nos levantamos e fomos correndo ate minha cela, vimos o B no chão sem roupas e com machucados no rosto.

– B!! – Corri até ele rapidamente. – Consegue se sentar?

Ele soltou um gemido de dor e nem conseguiu falar nada.

– Boquinha, me ajuda à colocar ele na minha cama, por favor.

– claro!

Ele veio e me ajudou a colocar o B na cama com cuidado.

– Irei pegar um balde com água e um pano, já volto! – Boquinha falou e saiu correndo.

Olhei pra ele todo preocupado ao ver que tinha marcas pelo corpo dele.

– Eu sinto muito, B. A culpa disso é toda minha, você não merecia passar por isso novamente. – Falei com lágrimas escorrendo em minha bochecha.

– T-T- Tudo bem. – coloquei as mãos em seus cabelos.

– Não se esforce, por favor. Eu vou cuidar de você, tente descansar um pouco. – Enxuguei minhas lágrimas caídas.

Ele deu um pequeno sorriso e fechou seus olhos logo adormecendo rapidamente.

Aquele filho da puta!! Ele deveria estar no inferno!! Esses malditos policiais não fazem nada pra ajudar aqueles que precisam, queria que todos queimassem no inferno!

– Aqui, eu trouxe. – Sai dos meus pensamentos com o boquinha entrando na cela e colocando o balde perto de mim.

– Obrigado boquinha. Nessa tal de enfermaria tem remédios pra dor e inflamação? – Perguntei enquanto limpava o corpo do B.

– Acho que deve ter, vou dar uma olhada. – Falou quase saindo da cela.

– Obrigado! – Gritei agradecendo.

Ele foi embora e soltei um suspiro.

Ah, isso tudo é minha culpa. Ele foi brutalmente estuprado por aquele infeliz do caralho, só pra me proteger. Mas o que eu posso fazer? Estou no meio de homens super perigosos que podem me matar em um piscar de dedos.

Terminei de limpar o corpo dele, como eu não ia conseguir vesti-lo eu coloquei um lençol por cima do seu corpo, passei as mãos em seus cabelos.

– Eu sinto muito, B. – Falei me sentindo muito mal.

Ele está sendo um grande amigo, tem me ajudado muito quando cheguei ontem, eu gostei do seu jeito doidinho.

Não sei quanto tempo passou e logo o boquinha entrou na cela mais uma vez.

– Neguinho, eu consegui os remédios que é da dor e da inflamação. – Boquinha falou ao entrar na cela.

– Ah, muito obrigado, boquinha. – Agradeci bem feliz.

– Trouxe até um copo de água, tenho certeza que ajudará um pouco.  – O memso diz e me dá os remédios e o copo d'água.

– Realmente obrigado

– Que isso, a bonequinha também é meu amigo. enfim, o policial disse que as celas já irão se fechar, tenho que ir pra minha, por favor tome conta dele.

– Irei cuidar dele sim, pode ficar tranquilo. – Falei sorrindo meio fraco pra ele.

– obrigado neguinho, boa noite.

– boa noite, boquinha. – Ele saiu da minha cela e solto um suspiro.

Tenho que acordá-lo

– B..B acorda. – balancei ele lentamente para não machucá-lo.

Ele abriu os olhos e logo soltou um gemido de dor.

O boquinha conseguiu um remédio pra dor e  inflamação, assim você vai se sentir melhor amanhã.

Ele abriu a boca e levantei um pouco a sua nuca, coloco o remédio em sua boca e o ajudei a tomar água.

– prontinho, pode dormir novamente. – Abaixei sua cabeça devagarinho sem machucá-lo e ele suspirou.

– O-Obrigado Alex. – Sorri com isso.

– Não tem que me agradecer por isso, agora apenas durma. – Fiz carinho em seus cabelos.

O mesmo adormeceu rapidamente.

Tomei um susto com as celas se fechando, mas fiquei um pouco aliviado. – Sai da minha cama e coloquei o balde no canto da parede e o copo em cima da prateleira.

Subi na cama do B e soltei um suspiro exausto, hoje o dia foi agitado e com certeza amanhã também vai ser, já que o tal do diabo vai sair da solitária.

Eu só espero que ele não tente nada comigo também

Fechei os olhos e acabei adormecendo bem rápido.

Meu prisioneiro ( protegido pelo diabo Onde histórias criam vida. Descubra agora