Quando Gabigol anuncia que deixará o Flamengo, Brenda, uma jovem Engenheira Civil apaixonada pelo clube e fã fervorosa do atacante, não consegue aceitar a ideia de que seu ídolo parta sem que ela o conheça. Determinada a ter um momento com ele, ela...
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Brenda Silva ||Novembro 2024 - Rio de Janeiro|| Dia do jogo...
Gabriel manteve os olhos fixos no campo por alguns segundos, mas logo desviou o olhar para mim. Havia algo no jeito como ele me observava, como se minha presença, de alguma forma, conseguisse rivalizar com aquele estádio repleto de histórias e memórias tão importantes para ele.
- Você gosta de futebol, né? - Ele perguntou, quebrando o silêncio com um sorriso leve e um tom descontraído.
Eu ri, balançando a cabeça. - Acho que não seria uma flamenguista tão fanática se não gostasse.
Ele soltou uma risada baixa, seus olhos brilhando com uma mistura de diversão e curiosidade. - Verdade. Mas e se eu te perguntar o que você mais gosta no futebol? Não vale dizer "você", hein.
Meu rosto imediatamente esquentou, e eu ri de nervoso.
- Você tá pedindo pra eu ficar sem graça, né? - Ele deu de ombros, como se fosse inocente, mas o sorriso travesso entregava tudo. Eu respirei fundo, pensando seriamente na resposta.
Acho que o que eu mais gosto é a emoção. - Respondi, minha voz mais suave. - O jeito como o futebol conecta as pessoas, como faz a gente acreditar em algo maior, mesmo que só por noventa minutos.
Gabriel ouviu atentamente, o sorriso em seu rosto suavizando. Ele parecia ponderar minhas palavras, absorvendo cada uma delas.
- Essa é uma boa resposta. Acho que é por isso que eu nunca consegui me imaginar fazendo outra coisa. O futebol... tem essa magia, sabe? Ele une pessoas que nunca se conheceriam de outra forma.
- Tem mesmo. - Concordei, sentindo o peso das palavras dele. - E acho que você faz parte dessa magia para muita gente. Inclusive para mim.
Ele piscou algumas vezes, como se precisasse de um momento para processar o que eu tinha acabado de dizer. Sua expressão mudou ligeiramente, algo mais profundo se formando ali. Não era apenas gratidão, era algo que eu não conseguia explicar, mas sentia.
- Bom. - Ele disse, limpando a garganta e voltando ao tom descontraído. - Pelo menos hoje eu tenho a chance de assistir a essa partida ao lado da maior torcedora do Flamengo.
- Maior e mais surtada, você quer dizer. - Retruquei, rindo.
- Isso eu vou descobrir agora. - Ele provocou, indicando para nossos lugares com um movimento da cabeça. - Vamos lá, quero ver esse show de emoção.
Tentei esconder o nervosismo enquanto me sentava ao lado dele, mas, assim que o jogo começou, a tensão foi esquecida. Cada lance parecia um espetáculo. Eu pulava, gesticulava e gritava como se estivesse na Norte com a torcida.
- Vai, meu garoto! Isso, toca pro lado! - Eu gritava, completamente imersa no jogo.
Gabriel ria baixinho ao meu lado, mais interessado nas minhas reações do que na partida em si. Ele me observava com um olhar divertido e curioso, como se estivesse descobrindo uma parte de mim que ainda não conhecia.