Capítulo 11 - Guerra

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"Eu vou registrar um boletim de ocorrência. Não vou aceitar nenhum tipo de acordo! Não venha com essa de ter filhos pequenos. A faca que foi jogada em mim tinha a intenção de me matar, e eu não vou aceitar!"

Agora eu e a pessoa envolvida estávamos na sala de Recursos Humanos, discutindo acaloradamente, com Mawin ouvindo o conflito. Ele não expressou nenhuma opinião, pois não queria parecer que estava tomando partido de ninguém, deixando que o departamento de RH decidisse. Para ser sincera, os outros funcionários também olhavam para o Mawin frequentemente, em busca de orientação sobre o que fazer, pois tentaram mediar a situação, mas eu mantive a minha posição firme de que iria chamar a polícia.

"Não vamos deixar a situação chegar a esse ponto. Você também estava falando de forma provocativa. Tem muitas testemunhas. Você disse que a refeição parecia comida de cachorro."

"Porque era comida para cachorro! Quem conseguiria comer aquilo? Estou criticando de forma sincera, para que eles possam melhorar. Isso não é algo bom? Não aceitar uma critica e depois jogar uma espátula e uma faca é um ato primitivo! É como usar uma máquina do tempo para voltar à era dos dinossauros, fazer comida para aqueles T-Rex e perguntar: 'Está gostoso?'"

"Vamos fazer o seguinte: vamos apertar as mãos e fazer as pazes. De qualquer forma, vamos comer na mesma panela, certo?"

"Eu ainda não comi nada, então não considero que estamos comendo na mesma panela, viu? E eu só como arroz importado do Japão, não como comida de cachorro!"

Na verdade, em casa eu só como arroz jasmim. Não é nada especial, só estou falando de forma grandiosa para mostrar que não toquei em comida nenhuma.

Grrrr...

Assim que mencionei a comida, meu estômago protestou imediatamente em meio ao silêncio. Mawin, o pessoal de RH e a Arun, que estava ao meu lado, olharam para mim e morderam os lábios, tentando segurar o sorriso, mas não disseram nada.

Que droga, estou morrendo de fome!

"Então, é o seguinte... Eu vou cuidar disso. Vocês esperem lá fora. Quero conversar com você, In, a sós."

Assim que ouviu isso, todo mundo saiu sem reclamar, mesmo sendo a sala do RH. Quando ficamos sozinhos, eu me joguei no sofá e cruzei as pernas.

"Expulse essa pessoa agora mesmo."

"Eu sabia que você estava tentando causar problemas por causa disso."

"Não estou tentando, isso saiu naturalmente. Você está louco? Me fazer comer em um recipiente desses? Não sou porca! Quando estava em Korat, eu convivia bastante com gado, tinha porcos e cavalos também. Eles comem comidas assim."

"Ei... você precisa conviver com muitas pessoas. Se quiser falar, fale, mas do jeito que está, vai ser difícil para você."

"Se for difícil, eu não fico. Se vai me demitir, então que me demita logo."

"Eu não vou fazer isso. Eu vou pedir demissão."

"Oh, ótimo... Então eu vou pedir demissão agora mesmo."

"Então você perdeu de forma humilhante."

Parece que Mawin estava esperando que eu dissesse isso, então ele usou a palavra "perder" para me provocar ainda mais. Mas chega. Essa piada não funciona mais comigo. Quem nasce com prata e ouro na boca, como eu, não precisa provar nada. Não vejo razão para ter que trocar lençóis e travesseiros para hospedes. Não faz sentido que eu tenha que comer comida de cachorro e tomar banho com um balde.

In's LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora