Capítulo 18 - Não somos irmãs

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"Se você ainda não estiver bem, é melhor descansar. O papai e o Mawin não se importam com isso."

Eu caminhei ao lado da doce secretária que estava se recuperando há quase uma semana. Arun ainda não falava muito, como sempre, mesmo achando que já estávamos mais próximas. Ou talvez ela ainda estivesse brava por eu ter dito que éramos do mesmo 'grupo'. Pensando bem, talvez isso devesse ser uma preocupação... Porque depois que mencionei os mamilos, até o Mawin rapidamente cortou a conversa e me mandou voltar ao trabalho. Normalmente, seu rosto ficava vermelho por alérgia à poeira, mas dava para perceber que não era isso, provavelmente era só vergonha.

Todo mundo tão sensível... É algo tão natural falar sobre mamilos.

"Já se passaram tantos dias e você ainda está brava?"

Plop!

Eu deitei minha cabeça no ombro de Arun, que estava ao meu lado, e continuei caminhando, apoiando meu peso sobre ela. A pessoa menor deu uma leve travada, mas acabou falando comigo quando usei meu truque de fazer charme.

"Não estou brava. Ande direito, ok, In?"

"É claro que está brava! Não disse que éramos íntimas?"

Eu mudei de posição, colocando meu queixo em seu ombro, tão perto que meu nariz quase tocava sua bochecha.

"Nossa, você não tem nenhum poro, hein? Sua pele parece a de um bebê."

Por que ela tem um cheiro tão bom assim? Ela nem está usando perfume. Eu nunca tinha reparado nisso antes...

"Srta. In gosta de contato físico, né?"

"Sério? Nunca percebi. Mas eu não faço isso com qualquer pessoa, só com papai, mamãe e você."

Eu levantei uma sobrancelha antes de me afastar.

"Porque somos íntimas."

Mesmo sendo íntima de alguém, eu sei que não faria isso. Ok, eu gosto de contato físico, mas não tanto assim. Agora, só estou tentando encontrar uma desculpa para tocá-la. Espero que ela não perceba. Ela não gosta de assuntos românticos, então eu vou evitar que pareça algo assim.

"Vamos devagar, tudo bem? Fico feliz, mas não estou pronta para isso."

"Você pensa demais. Já te vi inteira, não tem mais nada para se envergonhar. Na próxima vez, vou tirar a roupa para você ver, e aí estaremos quites."

"Srta. In!"

Foi a primeira vez que a pessoa de rosto doce elevou um pouco a voz, surpreendida. Eu só consegui rir baixinho, satisfeita por ter conseguido provocá-la. E parecia que a atmosfera normal estava aos poucos voltando. Ela já não estava mais com aquela timidez ou constrangimento excessivo.

"Se não quer que eu tire a sua roupa de novo, arrume logo um namorado. Assim, quando ficar doente, terá alguém para cuidar de você."

"Se ter namorado é tão bom assim, por que a Srta.In não tem um?"

"Porque eu não estou doente, né? E como já disse antes... eu nunca vou me apaixonar de novo."

Eu lancei um olhar para ela e logo desviei. Agora que ainda estou ciente de mim mesma, preciso afastá-la o mais rápido possível.

"In, você é tão contraditória. Fica falando para eu arrumar um namorado, mas você mesma diz que nunca vai amar."

"Mas, pelo menos, eu já amei antes, não é? Já experimentei. Mas você, Fah, nunca amou... Você precisa tentar, sabe? Amar alguém, segurar a mão enquanto assistem a um filme, beijar, fazer sexo."

In's LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora