Em um dia comum, a vida dos adolescentes de Beacon Hills mudam brutalmente quando uma criatura misteriosa acaba fazendo vítimas por toda a cidade. Mortes sem explicações e boatos estúpidos sobre uma possível lenda mística acabam atiçando os ouvidos...
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— Você me diz que são perigosos e que não posso chegar perto. Mas você vai caçar lobisomens no meio da floresta com eles? — Ela levanta uma sobrancelha, olhando para o pai que tirava a jaqueta e ficava com a flanela vermelha. — Você meio que está se contradizendo, você não acha? - Questiona.
— Amy... — Ele começa.
— Não, eu vou falar agora. Eu tô no meu direito. Você, Sam e até mesmo o Bobby estão escondendo as coisas de mim têm meses. Eu até entendo que algumas coisas eu não posso resolver e que não faz sentido eu saber, mas e aquele papo de confiança, hein? — Ela engole o seco. — Têm alguma coisa nessa cidade que você não tá me contando. Que vocês tão escondendo de mim! — exclama.
— Não têm porcaria nenhuma, Amelia. Eu só quero te manter segura. As pessoas são perigosos, sendo sobrenaturais ou não. — Ele diz, mas faz exatamente o gesto de quando está mentindo. Amelia conhecia aquele homem como a palma de sua mão. Seu pai podia esconder o que sentia, mas Amelia sentia e sabia de absolutamente tudo.
Era difícil explicar. Mas ela sentia as emoções com toda a sua complexidade, como um instinto ou sexto sentido.
— Você tá mentindo pra mim! — ela exclama e passa a mão no rosto. — É tão difícil me dizer o que é? — Ela questiona, mais alto.
— Amelia. — Dean pareceu assustado de repente. — Amy, vem cá!
— Não, tira as mãos de mim! — ela se afasta e o encara da pior forma possível. Quase com um olhar de repulsa, isso fez com que Dean se sentisse completamente quebrado.
A garota simplesmente agarrou a própria jaqueta e saiu novamente do quarto.
— Amelia! — Dean grita e vê a garota começar a correr pela a estrada, quase sendo atropelada por uma caminhonete vermelha no meio do caminho. — Amelia!
No entanto, a camionete vermelha rapidamente estacionou ao lado do Impala 67 e de lá saiu Sam Winchester, que os olhava completamente assustado. Aquilo tinha sido mais do que uma briga de pai e filha.
Pior.
Bem pior.
— O que aconteceu? — Sam pergunta, olhando para o irmão. — Dean, ei!
O Winchester mais velho tinha a respiração descompassada, levando a mão até o peito rapidamente.
— Os olhos dela, Sam. — Dean olha em choque e terror pra Sam. — Estavam azuis.
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Amelia sentiu o corpo inteiro queimar em raiva, mas nada comparado ao que já sentiu em toda a sua vida. Era mais forte, algo maior. Ela sentia que podia rasgar a própria garganta com os dentes, por pouco não fez tal coisa. Seu corpo parou para descansar, mas ela ao menos sentia sua respiração descompassada. Era como se não corrido quilômetros até ali, na verdade, ela não sabia o que era o ali.
