Em um dia comum, a vida dos adolescentes de Beacon Hills mudam brutalmente quando uma criatura misteriosa acaba fazendo vítimas por toda a cidade. Mortes sem explicações e boatos estúpidos sobre uma possível lenda mística acabam atiçando os ouvidos...
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Três minutos de puro silêncio não foram o suficiente para fazer com que as informações entrassem no cérebro confuso de Amelia. Ela andou pela o pequeno espaço entre as celas, piscando lentamente enquanto tentava juntar algumas peças que faltavam do tabuleiro. Tinha muitos furos, não tinha como nada daquilo ser verdadeiro.
Amelia sempre se questionou sobre os parentes de sua mãe, ela nunca comentou sobre uma mãe ou um pai, um irmão nada disso. Era como se sua família inteira não existisse. Jane sempre teve o costume de se esconder do mundo, mas aquilo ainda não faria sentido. Porque menos que seus parentes estivessem mortos, ainda eram seus parentes acima disso.
O lado paterno de Amelia era recheado de pessoas, algumas mortas, outras estranhas e muitas que não compartilhavam o mesmo sangue. O vovô Bobby (que odeia ser chamado dessa maneira. ), seu avô biológico John Winchester, que Amelia longe dos ouvidos de seu pai ficava muito feliz que estivesse morto. Tinha sua vó Mary, que ela conheceu o túmulo alguns anos atrás. Jo, Ellen, Lisa, Ben... Muitas pessoas.
Mas sua mãe nunca teve ninguém.
— O sobrenome da minha mãe é Brewster, é o que consta nos meus documentos. — Amelia balança a cabeça, Derek sorri.
— Ela não deixa de ser uma de qualquer forma. — O Hale responde, fazendo Amelia o olhar de forma estranha. — Brewster era o sobrenome do seu bisavô. Nessa família, os homens herdam o nome das esposas. Sua mãe se afastou, mas nunca abandonou os laços que ela tinha aqui. — Balança a cabeça.
— Ela nunca me disse nada sobre vocês, nada! — Amelia balança a cabeça. — E como eu posso acreditar em você? Você é um lobisomem que tá sendo acusado de matar uma mulher. — Ela o acusa, Derek suspira.
— Você terá que confiar em mim se quiser sanar suas dúvidas, garota. — Ele diz.
A garota inclina o rosto em um ato nervoso.
— Se minha mãe era uma Hale, então ela também era um lobisomem? — Amelia questiona. Vendo ele demorar para falar, mas o homem apenas balança a cabeça afirmando. Ela arregalou os olhos. — Merda!
— Acontece que sua mãe era diferente de todos os outros. Lobisomens são treinados desde de pequenos a seguirem sua força interior, seu lobo. — Derek diz. — Mas sua se rebelou contra os próprios instintos e se aliou com uma bruxa conhecida da minha mãe.
Amelia buscou em sua mente alguma coisa semelhante aquilo. Ela sabia que havia uma bruxa que seu pai odiava com todas as forças, era simplesmente o motivo de seus pouquíssimos cabelos brancos na cabeça.
— Delilah Kepsie? — ela questiona, fazendo Derek assentir levemente. — Meu pai a odeia, eles têm assuntos inacabados.
— Os Kepsie não costumam seguir muito o estilo de serem amigáveis com ninguém. Delilah nos deve muito. Minha mãe já salvou a vida dela muitas vezes. — Derek diz.
