O Gato Sai da Toca

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O relógio marcava 16h45, e o som de teclas ecoava pela sala ampla e bem iluminada da Bakugou Corp. Izuku Midoriya digitava freneticamente em sua mesa, o rabo felino escondido sob a cadeira e as orelhas levemente tremendo por trás do boné que usava para camuflar sua natureza híbrida. Ele estava atrasado - de novo.

"Concentre-se, Izuku," murmurou para si mesmo, tentando ignorar a sensação de que estava sendo observado

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"Concentre-se, Izuku," murmurou para si mesmo, tentando ignorar a sensação de que estava sendo observado.

Não era novidade que seu chefe, Katsuki Bakugou, estava de olho nele. Na verdade, Bakugou parecia ter uma espécie de radar que apitava sempre que Izuku cometia um deslize, fosse ele pequeno ou grande. Como híbrido de lobo, Bakugou tinha instintos aguçados e uma personalidade dominante que fazia a todos na empresa se curvarem - metafórica e literalmente.

- Midoriya!

A voz grave e irritada de Bakugou ressoou pela sala, fazendo Izuku congelar. As orelhas felinas quase escaparam do boné, mas ele rapidamente inclinou a cabeça para esconder qualquer movimento suspeito.

- Sim, senhor? - Izuku respondeu, tentando soar calmo.

Bakugou atravessou o espaço como uma tempestade, os passos pesados ecoando no chão de mármore. Ele carregava um relatório na mão - o relatório de Izuku. E sua expressão era a de alguém que estava prestes a explodir, o que não era exatamente raro.

- Você acha que isso aqui tá bom? - Bakugou jogou o papel na mesa de Izuku com tanta força que o relatório deslizou até cair no chão. - Isso aqui tá uma porcaria, Midoriya! Parece que você escreveu com o juízo no c*

Izuku sentiu o rosto esquentar de vergonha. Alguns colegas de trabalho olharam de canto de olho, claramente se divertindo com a cena.

- Eu... eu revisei isso três vezes, - Izuku começou, tentando recuperar o fôlego. - Achei que estava bom.

- Achou? - Bakugou rosnou, as orelhas lupinas inclinando-se para frente em sinal de irritação. - Eu não te pago pra 'achar'. Eu te pago pra fazer direito, maldito nerd inútil!

Izuku apertou os punhos. Ele sabia que Bakugou era exigente, mas naquele dia parecia estar passando dos limites. Seu orgulho felino começou a falar mais alto.

- Se o senhor acha que pode fazer melhor, - Izuku respondeu, tentando manter a voz firme, - talvez devesse escrever você mesmo!

O silêncio tomou conta da sala. Todos os funcionários pararam o que estavam fazendo para olhar, com expressões que variavam entre choque e puro medo.

Bakugou parou por um momento, surpreso com a ousadia, mas logo sua expressão mudou para um sorriso perigoso. Ele se aproximou ainda mais, invadindo o espaço pessoal de Izuku, o cheiro amadeirado típico de lobos dominando o ar.

- Você tem coragem de falar isso pra mim, Izuku? - Ele rosnou, os olhos carmesins brilhando. - Repete, eu quero vê se tem coragem.

Izuku sabia que deveria recuar. Mas sua respiração estava pesada, as garras quase saindo de suas unhas. Ele estava cansado de ser tratado como inferior só porque era um híbrido de gato - e um estagiário.

- Eu disse QUE O SENHOR DEVERIA ESCREVER VOCÊ MESMO SE ACHA QUE MEU TRABALHO É TÃO RUIM! - Izuku gritou de volta, a voz carregada de raiva e determinação.

Bakugou deu um passo ainda mais próximo, e foi aí que Izuku perdeu completamente o controle. Com um movimento rápido, ele cerrou o punho e - "SMACK!" - acertou um soco direto no rosto de Bakugou.

O impacto fez Bakugou cambalear para trás, a sala inteira engasgando em choque. Izuku percebeu tarde demais o que havia feito. Ele olhou para sua mão, depois para o rosto de Bakugou, onde já começava a surgir um leve hematoma.

- Você está ferrado, Maldito, - Bakugou disse, a voz surpreendentemente baixa. Ele tocou o rosto onde o soco havia acertado, mas não parecia bravo - parecia... intrigado. Ele deu um sorriso torto, os dentes caninos brilhando, uma imagem quase demoníaca.

 Ele deu um sorriso torto, os dentes caninos brilhando, uma imagem quase demoníaca

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- Muito ferrado.

Izuku recuou instintivamente, e naquele momento, o rabo felino escapou de sua roupa, balançando freneticamente. Ele congelou, e Bakugou fixou os olhos no movimento por um breve segundo antes de desviar o olhar.

- No meu escritório. Agora, - Bakugou ordenou, a voz carregada de uma calma assustadora.

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