The Edge of Us - RUYEON

Capítulo 17: Desconfianças e Jogadas

Narrador point of view

Os dias foram passando, e Ahyeon e Ruka continuavam a se encontrar sempre que podiam, escapando para o terraço da escola. Ali, sem pressões ou olhares de julgamento, as duas iam se tornando cada vez mais íntimas. Ahyeon começava a perceber como seu coração batia de maneira diferente perto de Ruka, e Ruka, por sua vez, não conseguia parar de sorrir toda vez que via Ahyeon. O que antes parecia algo furtivo, agora era natural. Elas estavam cada vez mais apaixonadas.

Enquanto isso, Asa e Rora começaram a ficar mais sérias, e os outros, como Rami e Pharita, continuavam com suas zoações e piadas, mas tudo de forma divertida, como sempre. Surpreendentemente, as rivalidades entre os times começaram a diminuir, e o que antes parecia um campo de guerra, agora parecia mais uma grande confraternização. Mas o que ninguém sabia era que, por trás de todas as risadas e descomplicações, algo estava prestes a mudar.

Jinwoo não era tolo. Ele percebia os pequenos sinais, as trocas discretas de olhares, os sorrisos rápidos. Ele sabia que algo estava acontecendo entre Ahyeon e Ruka, mas não sabia exatamente o quê. Então, um dia, enquanto estava observando a movimentação dos corredores, uma pulga começou a coçar sua mente. Ele ficou atento a tudo, procurando qualquer indício que confirmasse suas suspeitas. Ele viu Ruka subir, como sempre fazia, e decidiu que esse seria o dia em que ele descobriria o que estava realmente acontecendo.

Ele se escondeu um pouco, aguardando pacientemente no corredor, sua visão focada na escada. Estava convencido de que algo estava errado, e ele iria descobrir o quê.

Enquanto isso, Rami estava se divertindo pelos corredores, com os fones de ouvido estourando com a música "Jenny from the Block". Ela estava empolgada matando aula mas quando viu Jinwoo encostado na parede, vigiando, logo percebeu o que estava acontecendo. Ruka e Ahyeon sempre se encontravam, e ela sabia disso. Então, com uma cara de quem sabia que algo grande estava acontecendo, saiu correndo para avisar as meninas.

Ela correu até a sala de química, onde Ahyeon, Pharita e Asa estavam, e se escondeu ao lado da porta, na lateral, para chamar atenção sem fazer barulho. Ela começou a pular, fazendo movimentos exagerados, tentando pegar o olhar de Pharita e Ahyeon, que estavam nas primeiras fileiras da sala e concentradas na aula. No entanto, quem notou foi Asa, que estava sentada mais ao fundo, ouvindo atenta à movimentação.

– O que foi, Rami? – Asa se levantou rapidamente se esticando na mesa, notando que a amiga queria falar algo urgente. – Eu vou dar um jeito, fica aqui.

Ahyeon e Pharita, confusas com a atitude repentina de Asa, não entenderam de imediato, mas a professora Judith não ajudava muito na situação. Asa, então, aproveitou a distração da professora e disse:

– Professora Judith, eu estou passando mal, minha cabeça está doendo muito. – Ela colocou a mão na testa e jogou a cabeça para trás. Pharita, só ela sabe onde estão meus remédios. Será que ela pode me ajudar?

Pharita entrou no jogo sem hesitar, e Ahyeon, já entendendo a situação, também se levantou.

– Professora Judith, podemos levar Asa para a enfermaria, por favor? Ela realmente não está bem. – Ahyeon tentou manter a calma, mas a tensão estava visível.

– Meu Deus, estou vendo a luz no túnel! – Asa fez uma cara dramática, buscando chamar mais atenção.

– Asa, para de interromper minha aula! – A professora Judith olhou furiosa. Ahyeon, Pharita, ajudem ela. Levem-na para a enfermaria já.

Nesse momento, Rora, que já estava desconfiada, observou tudo da porta da sala e, ao ver a movimentação, saiu correndo para encontrar Rami. Ela já sabia que algo estava acontecendo e queria fazer parte disso. Rora chegou até o vestiário feminino de basquete, onde sabia que o grupo se reuniria. Elas se apressaram para lá, verificando se estava vazio antes de entrar. Rami estava ofegante, ainda se recuperando da corrida, mas logo começou a falar.