Capítulo XIV

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Despertei na manhã seguinte com a luz incomodando meus olhos, percebi que o Tyler ainda me abraçava mesmo dormindo, me virei delicadamente e o vi dormindo tão serenamente, lembrei das coisas que ocorreram no dia anterior, foi tudo bem confuso e com bastante carga emocional, mas nada disso tinha muita importância naquele momento, tudo o que importava era que estávamos novamente bem, sou uma pessoa que demora um pouco para perdoar, mas quando isso ocorre é definitivo. Fiquei apenas um pouco preocupado com o fato dele ter Boderline, afinal eu teria que lidar com oscilações frequentes em seu humor, mas eu seria atencioso, quando chegasse em casa iria procurar me informar ao máximo, eu não queria o curar, afinal não havia cura, apenas queria entender o que se passava em sua cabecinha para saber lidar com ele sem que isso lhe cause danos emocionais.

Ele despertou não muito tempo depois de mim, suas lindas íris estavam azuladas naquela ocasião e queimavam como fogo azul, vi um pequeno sorriso em sua bochecha, então beijei em seu rosto e disse:

— Bom dia, você dormiu bem? —

— Bom dia, dormi sim e você? —

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— Bom dia, dormi sim e você? —

— Quase que não acordo de tão bom que foi o sono. —

— Matteo, vamos ficar aqui até o fim do recesso, por favor. — Ele segurou minha mão para implorar por isso, achei bem fofo e quase irrecusável.

— Está bem, acho que merecemos um tempinho a sós. —

— Quero te levar para conhecer toda a cidade, tem tanta coisa bonita aqui. —

— Por favor que seja amanhã porque hoje quero apenas ficar deitado, aquele ônibus me deixou completamente destruído. —

— Foi mesmo? Coitadinho, vem aqui para eu cuidar de você. — Me puxou e começou a fazer carinho em mim, estava tão bom, subi em cima de seu corpo, sentei-me em seu colo, ele logo segurou em minhas coxas e disse:

— Senti falta disso. —

— Eu também. —

— Eu tenho que agradecer a sua mãe. — Falou e eu não entendi sobre o que ele estaria falando.

— Pelo quê? —

— Por ter te trazido ao mundo, imagina só se ela decidisse não ter filhos, nunca que eu teria você. — Achei tão fofo ele falando aquilo, o abracei de maneira bem carinhosa depositando inúmeros beijinhos em sua testa.

— Está com fome, baby? — Deus, a forma como ele falava baby era demais para qualquer uma suportar, sinceramente se ele estivesse bem eu teria somente abaixado meu short e teria dado para ele naquele exato momento.

— Estou sim. — Comecei a rir de maneira bem boba, ele então percebeu e me perguntou:

— O que foi? —

— É que gostei que me chamou de baby. Achei fofinho demais.

— Então é melhor se acostumar porque só vou te chamar assim daqui para frente, baby. — Simplesmente estava amando aquela nova versão do Tyler, aquela versão que me amava e fazia questão de dizer isso em alto e bom som.

Compulsivo e obsessivo - [Dark romance]Onde histórias criam vida. Descubra agora