Capítulo XII

736 70 34
                                    

Quando embarquei nessa viagem pensei que isso serviria para fazer com que esquecesse o Tyler por pelo menos um segundo, algo que se mostrou completamente inútil, precisei de muita força de vontade para o ignorar por esses dias, quando a todo momento um desejo de lhe responder me consumia por dentro.

Acho que eu precisava me impor um pouco mais, tudo o que conquistei até agora foi com muita pressão e não com concessões, afinal se eu deixasse como estão as coisas jamais mudariam. Pelo menos isso lhe mostraria como sinto toda vez que ele some do mapa, talvez isso lhe faça ter um pouco mais de empatia e compreenda meu lado.

— É aqui, amigo, quer ajuda com a mala? — O motorista disse e tirou-me dos devaneios, lembrei que estava naquela cidade sobretudo para conhecer enfim o meu amigo, naquele momento percebi que quando o Tyler soubesse disso ele iria surtar, afinal houve a ocasião que ele foi um pouco violento ao ver que o Lake me mandava mensagens. Nem imagino como ele reagiria quando soubesse que viajei para outro estado apenas para conhecer um amigo do sexo masculino, certamente ele iria ficar possesso, se bem que ele merecia aquilo.

— Não, nem é tão pesada, obrigado. — Ele se despediu e me desejou uma boa estadia na cidade, olhei para o prédio do Lake, olhei no mapa, era aquele prédio mesmo, meu amigo havia enviado mensagem, dizendo que eu poderia subir, já que ele estaria um pouco ocupado arrumando o apartamento, ele me disse que essa semana foi um pouco puxada para ele.

Subi as escadas, achei o prédio bem bonito, era limpinho, tudo novo, cheirava bem, ainda me senti um pouco apreensivo em relação ao Lake, mas pensei que ele não faria isso tudo apenas para me fazer algum mal. Quando cheguei à sua porta bati três vezes, esperei um pouco e nada, bati novamente até que obtive uma reposta:

— Pode entrar, estou no banheiro, é você Mateo? —

— Sim. —

— Pode entrar. — Empurrei a porta um pouco nervoso, mas tudo o que vi foi um apartamento perfeitamente limpo, uma televisão ligada num jogo de futebol americano, uma foto sua em um porta-retrato, ele era aparentemente normal, o que me deixou bem mais aliviado.

— Seu apartamento é lindo. — Falei um pouco alto para ele ouvir.

— Obrigado, você tinha que ver o caos que estava aqui mais cedo, passei a manhã arrumando. — Respondeu de dentro do seu quarto. Sentei-me no sofá e fiquei lhe aguardando. Aguardei um pouco no sofá, uma brisa vinha da janela fazendo com que a cortina dançasse suavemente. Ouvi o barulho da sua porta abrindo, olhei para trás um pouco atônito, ele ainda estava com uma toalha sobre a cabeça secando o cabelo.

— Oi Lake. — Falei animado.

— Oi Matteo. — Foi uma cena quase cinematográfica e aterrorizante, ele retirou a toalha da cabeça, a pessoa que vi não era meu amigo, não era o Lake, imediatamente me levantei assustado com o coração palpitando.





















Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Compulsivo e obsessivo - [Dark romance]Onde histórias criam vida. Descubra agora