A noite com o Tyler havia sido maravilhosa, acordei no dia seguinte com ele afagando meu cabelo com muita delicadeza.
— Bom dia! — Disse um pouco desnorteado devido ao recém despertar, ele devolveu o bom dia com um beijo sob minha cabeça, via um brilho em seu olhar, era lindo, ele parecia estar feliz com minha presença.
— O que foi Tyler? —
— Nada. —
— Você está bem? —
— Estou sim. —
— E como está se sentindo em relação a sua avó? —
— Eu estou bem, não vamos falar sobre isso, temos que nos arrumar para ir ao colégio. — Ele fugia de conversas mais complexas, isso como sempre me deixava com um pulga detrás da orelha, mas entendi que naquele momento ele poderia estar passando por um momento de luto.
O abracei por trás debaixo do chuveiro, nossos corpos estavam nus, ele gostou, tanto que ficamos daquele jeito por um tempinho.
— Tyler, queria te dizer que pode contar comigo para qualquer coisa, se precisar de um amigo para desabafar, se precisar de um confidente, ou de apenas alguém para te apoiar estou a sua inteira disposição. —
— Obrigado, anjo. —Ele puxou meu corpo para dentro do seu abraço, aquele momento dali em diante sempre seria bem guardado em minha memória, senti paz.
Antes de sair do carro dei um último beijinho na sua bochecha e disse:
— Estou com você para o que der e vier, está bem? — Afaguei seu cabelo e ele concordou com um lindo sorriso no seu rosto.
— Mais tarde apareço na sua casa, quer comer alguma coisinha de especial? —
— Minha mãe vai fazer o jantar. —
— Matteo, obrigado por tudo. — Passei o restante daquele dia entre suspiros e pensamentos distantes. O Tyler deveria ter muitos traumas, sua família deveria ser cruel com ele, ou então ele tinha algum segredo bem cabeludo, mas dessa segunda possibilidade eu duvidei, afinal lembre da forma como ele ficava tão sereno com sua cabeça repousando sob minha coxa.
— E então? Como foi a noite com seu badboy? — Marine perguntou ao se achegar a mim enquanto eu estava sentado sozinho a beira da piscina.
— Foi legal, mas estou preocupado. —
— Com o que? —
— Não posso falar, mas acho que ele não está bem. —
— Nem precisa falar, acho que precisam conversar sobre isso. —
— Eu tento, mas ele sempre foge do assunto, demorei semanas para saber alguma coisa sobre ele. —
— Mas você está fazendo um ótimo trabalho. —
— Não sei, me sinto bem impotente, sabe? —
— Esquece isso, você não tem culpa de nada, quando estiver pronto ele vai se abrir com você. —
— Você sabe alguma coisa da família dele? —
— Sinceramente? Não. Mas sei que o tio dele é quem vem a escola quando é para resolver alguma coisa, seus pais nunca aparecem. —
— Ele parece que tem muitos traumas de infância. —
— Sinceramente, e quem não tem? —
Mais tarde naquela noite Tyler apareceu, ele me trouxe um presente, era um livro sobre física, um dos que eu mais gostava, não faço ideia como ele sabia, mas fiquei tão feliz.
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Compulsivo e obsessivo - [Dark romance]
RomanceSe tu procuras por um romance agradável este não é o lugar.