Minha Pessoa Favorita (Poolverine)

Dedo no cu e gritaria

― TK-21?

― O que?

― O Sr. Donovan concordou com isso?

― Eu não sei, mas não é nossa responsabilidade. Tronko entrou lá porque quis e, além do mais, o mutante 'tá acabado, não pode fazer nada.

― Mas e se Tronko acabar matando ele? Não vai ser nossa culpa não, né? ― Perguntou o guarda com número de identificação GH-18, ele era novo no trabalho e estava com medo de que algo desse errado na sua primeira semana.

― Nosso trabalho é vigiar quem entra nessa sala e quem sai, não temos o dever de cuidar do mutante.

― Mas Donovan disse que precisa do mutante vivo. Se Tronko matar ele, talvez coloquem a culpa na gente.

― Como se a gente conseguisse impedir Tronko de entrar nessa sa-

O guarda foi interrompido por um som alto demais para se ignorar vindo de dentro da sala, em seguida foi possível ouvir uma espécie de briga começar a se desenrolar. Tudo isso misturado com alguns gemidos e grunhidos de dor.

Ambos os guardas se encararam por alguns poucos segundos e, quando um deles ía abrir a boca para perguntar o que estava acontecendo lá dentro, ambos puderam ouvir algumas batidas na porta que foi instantaneamente aberta.

― O que você está fazendo aí dentro?! ― Perguntou TK-21 com evidente preocupação, não pelo que poderia ter acontecido com o Mercenário, mas sim pelo que aconteceria com seu próprio pescoço.

― Me entregue a sua faca! ― Tronko nem se incomodou em responder a pergunta do guarda enquanto estendia a mão para o outro ao seu lado.

― Em? Claro que não! Sem armas perto do Mercenário, a ordem foi bem clara!

― Eu não ligo pra esse merda, só me entrega logo isso!

― O Sr. Donovan não vai gostar nada disso. ― O guarda advertiu enquanto passava sua faca militar para o homem. Ele nunca foi burro o suficiente para ir contra uma ordem de Tronko.

― Tô pouco me fudendo pra o que Donovan acha! ― Ele cuspiu e logo depois voltou a entrar na sala fechando a porta atrás de si.

― Devíamos avisar a alguém o que Tronko está prestes a fazer? ― O guarda medroso perguntou.

― Eu, sinceramente, não sei.

― Certo... ― O homem se encostou na parede atrás dele e jogou a cabeça para trás. Ele está tão cansado que tudo que ele quer é ocupar a cabeça com outras coisas além do trabalho. É pensando nisso que ele se volta sua atenção para o amigo. ― Tá afim de sair depois do trabalho?

Infelizmente, tudo que TK-21 teve de tempo de fazer foi encará-lo com um olhar confuso e ao mesmo tempo surpreso, pois lhes foi informado por meio de seus Walkie-Talkies para se dirigirem em direção a sala de segurança, ela tinha acabado se ser invadida e o suspeito havia ido para o lado oeste do prédio.

― Ele está vindo em nossa direção, devemos fazer alguma coisa?

― Não podemos sair daqui, ao menos não com Tronko lá dentro. Além disso, foi só um cara contra todo o pelotão livre. Garanto que ele vai ser pego logo. ― O guarda tentou acalmar seu parceiro preocupado, mas toda a sua confiança foi embora quando eles ouviram alguns tiros não muito longe dali. E eles estavam ficando cada vez mais perto.

― Você dizia...? ― GH-18 debochou.

O corredor que estavam tinha acesso a outro e, por ele, era possível ver vários homens passando armados da direita para a esquerda, eles estavam correndo de forma apressada e, claramente, tensa.