Capítulo 32 (SEM REVISÃO)

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- May prometas para mim que não fará nada, e tão pouco aceitarás o pedido dele. - diz Daniel segurando minhas mãos, e me forçando a encarar os seus olhos, a mentira está na ponta da minha língua.

- Prometa May.. Prometa! - grita Daniel, a única coisa que consigo fazer é balançar minha cabeça e deixar as lágrimas caírem com força...

Como posso dizer "não" agora a oferta de Arthur após ver a situação de Daniel? Nunca conseguiria.

- Me per-perdoe.. - digo trêmula, puxando o ar para dentro dos meus pulmões.

- Nã-o May não! Não faça isso! Daremos um jeito de resolver isso! Por-fav-favor.. me ouça! - diz ele me agarrando os braços e sacudindo-me o que me faz chorar compulsivamente, e ele se desmancha na minha frente, nossas lágrimas caem como rios transbordando, esse é o nosso fim.

- Por favor não me tire a razão de viver, por você prefiro morrer mil vezes, mas assistir seu casamento será como ser condenado a vida sem ter um coração. - diz ele com a voz embargada implorando.

Não vejo mais saída, e acabo reunindo a coragem que tenho.

E invado sua boca com minha língua, permito-me morrer em seus lábios, quero lembrar do seu cheiro, de como ele fica ansioso, de como morde os lábios quando pensa, como seus olhos brilham, e como o seu amor será eterno, apenas disso quero me lembrar nesse momento.

Ele demora a entender, o será que ele não quer me beijar?

Antes que pudesse me afastar dele, suas mãos envolvem minha cintura nos mantendo encaixados, nosso beijo se torna intenso, e ouço passos se aproximando, e sinto braços me puxando de Daniel.

- NÃO! ME SOLTA! - grito com raiva.

- MAY! VAMOS ELE NOS DESCOBRIRAM! VAMOS RÁPIDO! - grita Maxon me puxando, me afastando de Daniel.

- NÃOOOO DANIEEEL ! DANIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIEL - digo, e é tarde demais. Já estou fora da cela, chorando ainda mais.

- Me perdoe May.. - diz Maxon me pegando no colo como uma criança, e sem saber o que fazer. Minha vida foi deixada lá em baixo.

Meu coração sem bater, minhas lágrimas sem água, minha alma sem cor, o mar sem a maresia, e o sol sem seus raios, e assim que morro... sem forças e sem fôlego.

- Dorme minha pequena - diz Max baixinho, enquanto me carrega. Me permito dormir em seus braços.

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Acordo com meu corpo dolorido, a impressão que tenho que fui a guerra e fui massacrada. Levanto e tomo um banho, e me encaro no espelho, quando foi a ultima vez que me olhei mesmo?

A cada dia estou pior.

Coloco um vestido rosa claro, passo um maquiagem leve que esconda minhas palidez. E tento um sorriso.

Saio pelo corredor, e encontro alguns guardas que estão caminhando de um lado para o outro cochichando algo. Curiosa? Muito!

Desço as escadas rapidamente a caminho do Salão Principal, e no caminho vejo alguns selecionados reunidos no canto cochichando algo.

- Juro que ouvi isso! - diz Phillipe, um dos selecionados.

- Não pode ser, ele não faria algo assim! - diz Marcos, outro selecionado.

- Como você pode ter certeza? Você nunca se quer conversou com ele.. - diz Phillipe.

- Pense cara! O que ele ganharia com isso?! - diz ele.

- Não sei! Mas ele pode ser um rebelde sulista querendo derrubar ambas as monarquias. - diz Phillipe.

- Deixem de ser estupidos. - diz Diego que até então estava calado, e irritado com a conversa.

Lady's Selection [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora