Bônus - Rainha America Singer

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— Já lhe disse que você é a rainha mais linda desse mundo? – diz Maxon, tocando em meus ombros, deixando um rastro quente de beijos, que me fazem sorrir como uma menina adolescente, ele dá um beijo em meu pescoço, e meu corpo se arrepia, ele sorrir satisfeito — Ainda mais quando acorda com os cabelos bagunçados.

— Acho que não, - faço charme, e bato os meus cílios inocentemente, e um sorriso de canto se fixa em seu rosto, ainda rindo — Porém, confesso que já ouvi de outros, cantadas bem melhores. – respondo, debochando dele. E ele me ataca em cócegas.

— Me conte quem foi que lhe deu uma cantada, que irei mandar prender agora - Diz Maxon rindo, ainda me atacando.

— Bem... – começo pensativa, ainda rindo — eu poderia fazer uma lista bem grande, mas eu não posso dizer. Pois, o Rei é muito ciumento, e não quero ninguém sendo decapitado. - Digo rindo sendo sufocada pelas cócegas de meu amado Marido.

— Por favor, pare Maxon, Maxon, por favor. - suplico.

— Maxon?! Maxon?! Tsc... Tsc... Errada resposta. – ele continua ainda mais.

— Tudo... Tudo bem, por favor, Meu Marido Majestoso?!!! – tento respirar em meio à crise de risadas — Chega, por favor!!! – suplico, e ele para no mesmo instante, com um sorriso enorme de criança travessa.

— Vamos levantar, temos muitas coisas para serem resolvidas hoje. - Diz ele se levantando.

— Bem, então te vejo daqui a pouco - digo bocejando.

Maxon está na Sala de reunião já faz quatro horas conversando com seus Conselheiros e Ministros, pelo que parece é um enorme Problema, relacionado com o ataque dos sulistas aos orfanatos, creches, a praças publicas, e muitos mais.

Fico preocupada com Maxon, ele fica nervoso demais com os ataques dos sulistas, principalmente, quando há vitimas, me parte o coração ver meu marido com um olhar derrotado. Os sulistas insistem em derrubar a Monarquia e constituir uma República.

Mas eles têm matado muitos inocentes. O povo que não tem nenhuma culpa.

— Majestade, - diz o guarda me reverenciando — o Rei Maxon lhe chama. – aceno com a cabeça concordando.

— Avante. - digo.


— Boa tarde, senhores! – digo, e sou reverenciada por todos na sala de reunião.

— Querida poderia se sentar aqui? - diz Maxon, me deixando confusa por ter sido chamada para a reunião.

Sento do seu lado, sem dizer nada. E espero que prossigam a reunião.

— Prossiga Primeiro Ministro. - diz Maxon

— Bem Senhores... - começa o rapaz de olhos azuis, com um olhar enigmático, e lembrando-se de mim, se desculpa e prossegue — e Senhora. Como todos sabemos os sulistas vem tentado ferozmente nos derrubar. Mas o problema mesmo, não é o que os sulistas querem, mas sim como o povo enxerga essa inciativa deles. – ele para, e respira fundo — Não podemos deixar o povo acreditar que não estamos fazendo nada. Por isso levanto a ideia de começarmos a fazer uma Propaganda sobre como o governo tem se posicionado sobre esse assunto. Assim, podemos colocar o povo a parte dos acontecimentos e com isso podemos ter o apoio do povo.

— Bem, essa ideia ate que é aceitável, mas de que seria a propaganda? - diz um dos conselheiros.

Essa questão fica na cabeça de todos, e qual seria uma propaganda que faria o povo ficar ao lado da monarquia?

E não do lado dos sulistas?

O Silêncio paira sobre ar. Ninguém se atreve a dar uma ideia.

— Bem, talvez se fizéssemos uma propaganda da família real .. Não sei... – tentou um.

— Não, todos já conhecem e amam a família real. – rejeitou o outro conselheiro.

— Mas tem que ser alguém seja famoso e amado pelo povo, e que principalmente, saia dessa casa! – argumenta outro.

— Talvez devêssemos procurar outra ideia.

— Bem senhores, - diz o jovem que antes tinha a palavra, pensativo — peço que me escutem.

Lembrei-me quem é ele!

Ele é o Ministro de Departamento de Relações Públicas da Monarquia.

Daniel Schimit. Rapaz bonito e jovem, e uma perdição para qualquer mulher solteira de Illéa.

— Todos sabemos que a Lady May, fará 18 anos em breve. Talvez seja essa oportunidade que precisamos. - diz Daniel.

— O QUE?! – escapo um grito nervoso.

— Majestade, - ele se espanta, e seus olhos ficam atordoados — sua irmã é uma filha de Illéa, e como diz a tradição e as leis, ela deverá procurar um marido aos dezoito anos e terá que se casar antes do décimo nono aniversário. - diz ele nervoso, como se tivesse que explicar para mim o alfabeto.

Fico com a boca aberta em forma de "O". Desorientada, totalmente perdida.

— Mas por que o futuro de minha irmã estaria sendo discutida numa reunião como essa? - digo petulante.

— Bem, ela é idolatrada e amada pelo povo, se conseguíssemos algo assim, o povo ficaria feliz por ela. E eles notariam que ate mesmo sua irmã esta abaixo da lei de Illéa.

Fico chocada. Chocada pelo fato de todos na mesa começarem a acenar concordando com a ideia desse idiota.

Maxon ate então calado. Pensativo ouvindo a ideia.

—- Por que você acredita que o povo iria gostar dessa ideia? - diz Maxon, a pergunta que todos querem saber.

— Simples senhor. Se Lady May tivesse sua "seleção", o povo se apaixonaria ainda mais. Porque ela é a preferida deles. E ainda mais se fosse alguém do povo. Seria televisionado pela mídia. E todos torceriam pelo futuro da Lady May. – diz o imbecil de Daniel, dando de ombros, e tento me controlar, juro que tento, mas não dá!

— MAS ELA NUNCA SE APAIXONOU! ELA NUNCA TEVE A OPORTUNIDADE! E ELA SE QUER É UMA PRINCESA!!! VOCÊS NÃO PODEM SACRIFICAR O FUTURO DELA. - grito com tanta mais tanta raiva!!!!!!! — EU NÃO VOU DEIXAR. – bati o pé no chão como uma criança que acaba de descobrir que não há mais doces.

Senhora America, ela faz parte da monarquia e como parte ela deve aceitar o que é melhor para o povo, antes do seu bem estar. - diz o maldito ministro.

COMO ISSO ESTA ACONTECENDO?!

COMO IREI DIZER PARA A MINHA IRMÃ ISSO?

— Acho justo darmos a oportunidade de escolha para a Lady May, haverá príncipes de vários lugares na próxima festa. Talvez ela encontre alguém. --diz Maxon, tentando amenizar a ferida que já foi aberta.

Todos concordam na mesa.

Escolha. Escolha. Escolha.

O que farei? Como irei contar isso a May?!

As lagrimas escorreram pelo meu rosto, assim que sai da sala com pressa, pouco me importando com a etiqueta, e tão pouco com o que pensam. Eu poderia mata-los. Sim irei fazer isso!

Eu não tive tempo de pensar, até sentir braços que conheço bem, me tomarem a cintura, e me puxarem com força para seu peito. Apertei seus braços firme, e me permiti derrubar-me nele. Pois, eu sei, que apenas ele. Ele era capaz de segurar-me com força, e proteger meu mundo. E o de minha doce irmãzinha.

— Não chore, meu amor... – ele acaricia minha orelha, tentando me reconfortar.

— Eu-uuu.... – tento, mas os soluços do choro não deixam.

— Iremos fazer isso junto, meu doce amor. – ele deposita um beijo em minha têmpora, e me embala nos seus braços. — Ela é uma garota forte, ela vai nos surpreender, não duvide disso. 

Lady's Selection [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora