⠀⠀ 00 : Garota de Ipanema - Tom Jobim

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E ɴᴀ̄ɴᴀ̄ ɪ ᴋᴇ̄ɪᴀ ᴍᴇᴀ ɴᴀɴɪ ʟᴏᴀ, ᴘɪʜᴀ ɪ ᴋᴀ ʟᴏᴋᴏᴍᴀɪᴋᴀʻɪ

⠀⠀E ɴᴀ̄ɴᴀ̄ ɪ ᴋᴇ̄ɪᴀ ᴍᴇᴀ ɴᴀɴɪ ʟᴏᴀ, ᴘɪʜᴀ ɪ ᴋᴀ ʟᴏᴋᴏᴍᴀɪᴋᴀʻɪ

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⠀﹙𝓢 . 𝓯   : 𝗈𝗅𝗁𝖺 ⠀⠀𝗊𝗎𝖾 ⠀⠀𝗰𝗼𝗶𝘀𝗮 ⠀𝗆𝖺𝗂𝗌⠀ 𝗹𝗶𝗻𝗱𝗮⠀, 𝗆𝖺𝗂𝗌⠀ 𝗰𝗵𝗲𝗶𝗮 𝗱𝗲 ⠀𝗀𝗋𝖺𝖼̧𝖺 ⠀⠀⠀𝓣𝗈𝗆 ⠀𝓙𝗈𝖻𝗂𝗆

⠀⠀⛱️ :: ambientação do Maranhão, algumas gírias usadas, talvez até demais (rs) menção de membros não específicos do nct; Ten é um cara meio tímido e a protagonista é um livre arbítrio que o encanta. menção de bebida (não alcoólica), praia e um quiosque; história leve com clima praiano e uma guaraná jesus na mão! vamo que vamo!
⠀⠀pedido : chittaprincess

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Era um fim de tarde típico em São Luís

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Era um fim de tarde típico em São Luís.

O sol começava a se pôr sobre a Avenida Litorânea, pintando o céu. Mas, lá estava Chittapon, sentado em um quiosque de praia, onde admirava o movimento tranquilo da orla enquanto saboreava um copo gelado de Guaraná Jesus. A bebida era doce e inconfundível, fazia contraste com a brisa salgada que vinha do mar e o rapaz não só gostava disso, amava completamente. Era um dos seus passatempos favoritos.

O segundo era que: ele nunca estava ali por acaso. Toda semana ── até mesmo dia ──, num horário parecido, ela passava.

Yuki Nakamoto era o nome da menina. A mais bonita que ele já tinha visto, com um jeito que ela nem fazia ideia. Ela era sorridente, mesmo sempre estando com seus fones de fio, correndo até a parada do ônibus para não se atrasar, ou senão indo para seu estágio. Yuki tinha um ar leve, com seu cabelo sempre ao vento e um sorriso distraído ── que era muito agradável de se observar ── e o leve jeito de quem adorava o mar.

Tinha uma pequena descendência japonesa, por conta de sua mãe que se engraçou com um japonês, mas acabou se criando no Brasil, no Maranhão. Quem via os leves aspectos japoneses, não sabia o tanto de gírias que ela utilizava ── e que amava utilizá-las também.

E ali estava ela de novo. O rosto de Chittapon imediatamente brilhou, vendo-a descendo a calçada com um vestido de linho branco, seus pés descalços, carregando uma sandália nas mãos. As férias tinham chegado e com toda certeza ela não tinha estágio mais.

── Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça... ── cantarolou de leve. Os versos da música de Garota de Ipanema nunca saiam de sua cabeça quando a via. ── Marrapaz! Num é possível! ── negou com a cabeça, tomando um gole do refrigerante. ── Essa mulher só pode ter saído de uma pintura expressionista.

─ Mermão, tu vai deixar de ser bobão quando? Vish! ── proclamou um dos rapazes que andava com Chittapon.

── Quando der, irmão, té doido? E se ela for casada? Me der um fora? Só ideia. ── disse então, com um tom engraçado.

A citada passou perto do quiosque e ele quase prendeu a respiração, apenas para não correr o risco de respirar errado perto dela. E era sempre assim: queria falar com ela, mas travava. O coração disparava, a língua travava, e tudo que conseguia fazer era ficar olhando feito um bobo, como se fosse a primeira vez.

Dessa vez, porém, Yuki o notou. Na verdade, sempre o notou, inclusive comentou com algumas amizades, o quanto ele era um gatinho. Mas hoje foi diferente...

Ela parou, olhou para ele ── e o que fez em seguida quase fez o rapaz derrubar a garrafa ── e sorriu. Um sorriso pequeno, mas cheio de significado.

── doido... Ela sorriu pra mim? ─ ele perguntou, incrédulo.

Sem pensar muito, se levantou e foi atrás dela.

── Ei, moça!

Ela se virou, surpresa, enquanto ele tentava parecer mais confiante do que realmente estava. Quando a olhou nos olhos, perdeu todas as palavras, ela parecia tão suave...

── Eu... Te vejo passar aqui toda semana. ── coçou a nuca, percebeu que soou meio estranho. ── Quero dizer... ── perdeu as palavras. ── Eu queria te convidar pra tomar um Guaraná Jesus comigo, cê quer? Eu pago ── sorriu, sem tanto nervosismo.

Yuki levantou uma sobrancelha, claramente se divertindo com a abordagem, mas também estranhando.

── Uma Guaraná Jesus? É só isso que cê quer?

── Por enquanto, sim. Mas, quem sabe, depois a gente pode comer um pastel ou dançar uma música juntos...

Ela riu, o som leve como o balanço das ondas. 

── Tá, mas, só se a música for boa, tá? Não danço qualquer uma ── comentou, com um tom divertido.

── Tem hora de voltar pra casa? ── ele perguntou, um pouco duvidoso. ── É só para ter certeza que eu posso te conhecer melhor.

── Ah... ── riu, colocando uma mecha do cabelo para trás. ── Você que decide o tempo. Se a conversa for ruim, eu vou simbora.

── Então vou fazer de tudo pra ser boa, té doido ── dois riram.

Os dois sentaram no quiosque, e ele pediu outro refrigerante, torcendo pra não fazer nenhuma besteira. Enquanto conversavam, descobriu que ela era ainda mais incrível do que tinha imaginado: inteligente, engraçada, com aquele jeito maranhense que fazia tudo parecer mais vivo.

── O que te atrai aqui, no Maranhão? ── ela perguntou.

── Mermã... Várias coisas. A cultura, a diversidade, a comida, as gírias, essa guaraná e, por via das dúvidas, tu.

── Eu tô inclusa?

── Sim, por que não? ── riu. ── Pra mim tu é um museu aberto, só tem preciosidade, cê doido, você é top.

Ela então deu um riso sem graça.

── Isso é uma cantada de qualidade duvidosíssima ── gargalhou, mas, olhou bem para o rapaz em sua frente. ── mas, foi agradável.

Assim que a noite caiu, as luzes da avenida começaram a acender. Aquele momento já era inesquecível por si só. Yuki, apenas olhava pra Chittapon com um sorriso de canto, já sabendo que, dali pra frente, ele seria mais um admirador encantado pela garota mais linda daquela praia. 

E, naquele ritmo de brisa e um pouco de Garota de Ipanema, eles terminaram a noite rindo e planejando um próximo encontro, com mais Guaraná Jesus e, talvez, até um passeio pelos lençóis maranhenses.

Claramente não deixando de lado a amizade de Chittapon! Que anteriormente estava meio acompanhado com uns caras, mas que deixaram a interação do amigo com Yuki na maior boa vontade ── nem parece que queriam ir na festa que o Haechan proporcionou, mas, deixa baixo.

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espero que tenham gostado, até à próxima!

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