Três|| Amor de Uma Noite

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🚨 Esse capítulo apresenta conteúdo de sexo explícito 🚨

| Carlos Sainz |
🌶️

Eu nunca fui de acreditar em destino. A vida, para mim, sempre foi sobre controle, sobre tomar decisões calculadas. Cada curva, cada milésimo de segundo na pista, cada movimento precisa ser meticulosamente planejado.
Mas naquela noite, no Lux, ao lado de Charlotte, tudo parecia escapar desse controle que eu tanto prezava.

Desde o momento em que nossos olhares se cruzaram, algo em mim mudou. Ela não era como as outras. Não era o tipo de mulher que se impressionava facilmente, e eu percebi isso na forma como me olhava — sem expectativas, sem querer saber quem eu era ou o que fazia. Apenas me enxergava como Carlos. E aquilo me deixou inquieto.

Na pista de dança, nossas respirações se misturavam, os corpos se moviam em sincronia perfeita, como se tivéssemos ensaiado aquele encontro por meses. As mãos dela em meus ombros, os dedos deslizando pela minha nuca, fazendo meu coração bater mais rápido. Eu sentia o cheiro doce de seu perfume, a textura macia do tecido de seu vestido contra minhas mãos.

Tudo nela era um convite. Um convite para esquecer, para me perder. E eu estava disposto.
Seus olhos se ergueram para mim, brilhando sob a luz suave do clube.

Estávamos tão próximos que eu podia sentir o calor de sua pele, o ritmo acelerado de sua respiração. Ela sorriu, aquele sorriso sutil que me fez querer mais.

— Vamos sair daqui. — As palavras escaparam dos meus lábios antes que eu pudesse pensar.

Ela me olhou, surpresa, mas não hesitou.

— Para onde? — perguntou, a voz baixa, carregada de curiosidade.

— Meu hotel. — Respondi, firme, sem rodeios. Não queria jogos, não naquela noite. — é mais tranquilo.

Charlotte permaneceu em silêncio por um segundo, os olhos buscando algo nos meus, talvez tentando medir a sinceridade do convite. Mas então, ela assentiu levemente, aquele sorriso ainda nos lábios.

— Vamos.

Saímos do Lux pela saída lateral, longe dos olhares curiosos que poderiam nos seguir. A noite em Londres estava fria, mas a presença dela ao meu lado aquecia cada passo que dávamos pelas ruas silenciosas até o táxi que nos esperava.

No caminho até o hotel, nenhum de nós falou muito. Não era necessário. O silêncio entre nós não era desconfortável, mas carregado de expectativa. Charlotte olhava pela janela, a cidade passando rapidamente ao fundo, enquanto minha mão descansava sobre a perna dela, um toque leve, mas firme.

Quando chegamos ao hotel, levei-a diretamente ao elevador. O ambiente silencioso e luxuoso contrastava com a energia do clube. No espaço fechado, a tensão entre nós aumentou. Ela encostou-se na parede, o olhar fixo em mim. Dei um passo à frente, aproximando-me devagar, até que nossos corpos quase se tocassem novamente.

— Você sempre age por impulso? — ela perguntou, a voz suave, mas carregada de provocação.
Sorri, levantando a mão para afastar uma mecha de cabelo que havia caído sobre seu rosto.

— Só quando vale a pena.

O elevador chegou ao andar. A porta se abriu, mas por um segundo, nenhum de nós se moveu. Eu podia ouvir a respiração dela, ver a forma como seus lábios entreabertos pareciam esperar pelo próximo movimento. Então, segurei sua mão e a guiei até a porta do quarto.

Assim que entramos, fechei a porta atrás de nós, e o silêncio envolveu o ambiente. Charlotte caminhou alguns passos à frente, olhando ao redor do quarto elegante, mas seus olhos logo voltaram para mim.

𝐋𝐔𝐗 || CARLOS SAINZ Onde histórias criam vida. Descubra agora