Após eu dizer e prometer que iria procurar ajuda psicológica, quando eu menos percebi todas as coisas dele voltaram para o apartamento. E nossas conversas, os nossos momentos de diversão e prazer no qual eu sentia tanta falta retornaram como antes disso tudo começar.
Parecia que aquele momento turbulento não tinha acontecido em nossas vidas, e que estava tudo bem como sempre esteve e foi.
Como prometido, eu comecei indo a consulta com uma psicóloga para compreender e tentar resolver essa questão de criar diálogos e conversas com alguém que não estava ao meu lado. E, de modo a não criar conflitos sobre, me dando total espaço para mencionar somente se eu quisesse, ele não me perguntava como estava indo o andamento das consultas. Algo que não me gerava pressão alguma, mas alívio.
Afinal de contas, as consultas eram agradáveis, pois ela questionava sobre como era minha infância e adolescência. Perguntando detalhes específicos sobre a minha época da escola, o que fez com que eu acabasse me lembrando sem querer dos pequenos detalhes engraçados que passei com os meus colegas daquele período.
O que de certo modo, me deixou confusa porque ela não ficou me questionando sobre quando comecei a ter o hábito de conversar sozinha e imaginar os diálogos. E, quando eu enfim decidi a questionar ela sorriu para mim dizendo que estava esperando eu mencionar a respeito do assunto, pois agora que eu estava começando a me abrir mais, ela gostaria que eu realizasse uma consulta com uma psiquiatra também.
Ao ouvi-la dizer aquilo acabei ficando preocupada receosa não compreendendo o motivo para me consultar com uma psiquiatra também, porém eu acabei concordando visto que se ela estava indicando isso era com certeza para me ajudar a resolver esse assunto com mais rapidez.
E, quando eu comentei com ele sobre isso, ele me abraçou fortemente e sorriu olhando em meus olhos, mas eu senti como se ele estivesse olhando para a minha alma naquele momento.
— Vai ficar tudo bem! — ele disse com um sorriso no rosto, enquanto ainda mantinhamos o contato visual um no outro. Ao ouvi-lo dizer aquilo, meu coração se sentiu apertado e ao mesmo tempo aliviado.
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Sonhando com o Oceano
Short StoryComo um velho amigo querido que fazia há muito tempo que não via. Ou como o tocar dos lábios de alguém que fazia o seu coração e corpo formigar, esquentarem instantaneamente. Um aperto de mãos. Ou simplesmente, um olhar cheio de curiosidades e cumpl...