Rainha dos piratas

Descobrindo a verdade

"Bem, há algum lugar em mente para termos uma conversa privada?", pergunta Garp.

Eu me viro para encará-lo, sentindo minhas bochechas esquentarem sabendo que ele testemunhou Luffy e eu nos beijando. "Oh, hum, sim, eu tenho."

Ele ri: "Você está envergonhado por eu saber que você e Luffy estão juntos e compartilham demonstrações físicas de afeto?"

"Só um pouquinho", suspiro. "É estranho porque você é avô dele, e tenho certeza de que você sabe sobre nosso relacionamento há algum tempo, mas vê-lo realmente me beijar, isso é diferente."

"Estou feliz que ele esteja fazendo uma coisa certa."

"Podemos falar sobre tudo isso depois. Venha comigo." Eu giro nos calcanhares, nos levando para o outro lado da casa onde ninguém deve nos incomodar. "Tenho certeza de que você tem muitas perguntas para mim também." Sento-me no chão, esticando as pernas na minha frente.

"Estou me perguntando como aquele encrenqueiro Ace fez você usar o sobrenome dele, mas é tarde demais para mudar isso agora." Ele se senta ao meu lado. "Havia uma pequena gota de esperança dentro de mim de que você não seguiria Luffy para o mar e, em vez disso, viria se juntar a mim no Quartel General. Eu teria conseguido um pequeno trabalho para você me ajudar e aquele garoto Koby é legal o suficiente para que eu tivesse permitido-"

"Por que você mentiu para mim?" Eu deixo escapar antes que ele possa sequer sugerir que eu estaria com alguém que não fosse Luffy. "Minha vida inteira você mentiu para mim sobre quem eu sou. Mesmo agora você está falando como se Ace e eu não fossemos parentes, e esse tempo todo você sabia que ele é realmente meu irmão. Por quê? Por que você fez isso?" Eu olho para ele. Se eu não tivesse usado todas as minhas lágrimas alguns dias atrás, sinto que meus olhos estariam queimando agora.

Garp fecha os olhos e respira fundo. "Eu sempre vi você como minha neta, o que está prestes a se tornar realidade um dia, e sempre vi Ace como meu neto. Eu estava lá momentos depois que você nasceu. Eu tinha você em meus braços logo antes de sua mãe morrer. Ela confiou vocês dois a mim, e eu faria tudo que pudesse para mantê-los seguros. Se isso significasse mentir para você sobre sua verdadeira linhagem, então eu faria isso. Eu dei você para aquela família para ajudar em sua dor, mas também para ajudar a mantê-lo escondido."

"Se você realmente queria me manter segura, então por que não veio me buscar depois que minha mãe adotiva morreu? Por que você nunca me procurou durante aqueles anos? Luffy foi o único que realmente se importou o suficiente para fazer qualquer coisa por mim durante aquele tempo. Até Ace meio que ficou longe por algum motivo. Se você tivesse apenas me procurado uma vez, teria visto que eu estava presa em um lar abusivo, lutando todos os dias para sobreviver."

"Do que você está falando?" Seus olhos se abrem de repente enquanto ele olha para mim. "Se algo estava acontecendo com você, por que não tentou entrar em contato comigo?"

"Aquele demônio de homem que você me fez pensar que era meu pai se tornou um alcoólatra no primeiro ano após a morte de sua esposa, e então ele descontou em minha irmā adotiva e em mim. Um vaso foi jogado na minha cabeça. Eu era gritado todo santo dia por razões que eu nunca vou entender. Todo santo dia eu escapava para Luffy e Ace. Mesmo se eu não fosse realmente a irmă mais nova de Ace, depois do inferno que eu passel, eu teria assumido o sobrenome dele de qualquer maneira. Aquele homem que me criou deixou cicatrizes suficientes em mim."

"Akari, sinto muito", ele estende a mão para agarrar minha mão, mas eu me afasto. "Eu nunca disse que era perfeito. Eu estava fazendo o que podia com as informações que tinha. Quando sua mãe adotiva morreu, eu não queria intervir mais uma vez para o homem enlutado. Eu não poderia me precipitar e levar você também, uma criança sofrendo pela única mãe que ela conhecia. Eu não verifiquei todos vocês o suficiente, mas meu trabalho me mantém ocupado, e eu não posso sempre me afastar."