Rainha dos piratas

Sozinho na Floresta

A primeira coisa que preciso fazer é descobrir em que direção devo ir. Infelizmente, a lição de navegação que Nami me deu fol para o mar, e estou preso no meio de uma floresta gigante. Isso significa que minha melhor aposta para descobrir para onde ir é ficando acima das árvores, e a única maneira de fazer isso é subindo em uma árvore. Pelo menos uma cobra gigante não está tentando me matar dessa vez.

Eu sempre fui rápido, especialmente quando o homem que me criou começou a jogar tudo o que conseguia em mim. Aprendi a fugir de animais na floresta enquanto Luffy e Ace ficavam para trás para lutar, e eu tinha que ser capaz de correr para longe se os meninos me pegassem bisbilhotando enquanto eles treinavam. Simplesmente nunca me ocorreu até que eu me tornei oficialmente um pirata o quão rápido eu me tornei. Eu posso entender por que a Marinha decidiu me chamar de fantasma.

"Incrível", eu suspiro enquanto irrompo pelos galhos para ver a ilha inteira. "Tudo isso está no céu por causa do Knock-Up Stream. A natureza é imparável."

Eu poderia ficar entre as copas das árvores por horas, mas não há mais tempo a perder. As ruínas antigas não vão a lugar nenhum, mas quero voltar com os outros o mais rápido possível. Temos um homem que pensa que é um deus para ser derrubado alguns degraus.

A jornada descendo pela árvore não é tão fácil quanto subir, mas me sinto um pouco como Luffy enquanto uso os galhos para agarrar e balançar para baixo. Se ao menos pudéssemos ter uma árvore como esta em casa para a casa na árvore que os meninos fizeram todos aqueles anos atrás. Todas aquelas noites que pude passar naquela casa na árvore eu nunca vou esquecer. Mesmo se eu estivesse aconchegada em Ace quando adormecia, eu não acordava ao lado dele. Luffy me agarrava no meio da noite para me segurar perto, e é provavelmente daí que veio minha necessidade de ser aconchegada nele quando adormeço.

Meus pés tocam o chão firme mais uma vez, e então estou indo na direção que acredito ser onde avistei o que podem ser as ruínas à distância. Pelo menos tenho uma mochila de suprimentos se eu me perder por muito tempo. Não que eu espere ficar vagando por esta floresta por tanto tempo, mas aprendi a esperar que qualquer coisa pode acontecer ao seguir Luffy.

"Eu continuarei acreditando no futuro", eu canto, colocando um pouco de energia no meu passo. "Não me importando se alguém ri de mim! A paixão correndo dentro de você faz você brilhar! É muito deslumbrante, mas eu quero continuar observando você. De alguma forma, sentir essa estética me faz... Eu estou realmente, realmente preso a você!" Eu sorrio bobamente enquanto penso em Luffy sendo o 'você' na música. Eu estou preso a ele, mas o mesmo é verdade ao contrário.

Respiro fundo, me preparando para mergulhar no próximo verso, se eu conseguir lembrar, mas sou rudemente interrompido por alguém que deve ser um servo do maldito Kami Eneru.

"Você, Garota do Mar Azul, eu vou te destruir em nome de Kami! Baa!" um homem irritante grita.

Eu me viro para ver o que parece ser uma cabra, se fosse uma pessoa. Este deve ser um dos subordinados do maldito homem que acredita ser um deus, e me deixa doente só de olhar para este ser com quem tenho que lutar. Meu rosto inteiro se contrai em desgosto. "Eu fingiria que você nunca me viu se soubesse o que é melhor para sua vida", eu rosno.

O homem-bode ri. Ele tem as asas que vimos as pessoas do céu terem, com uma túnica branca e calças largas que me lembram dos soldados que conhecemos na cidade. Ele também tem dois chifres pontudos no topo da cabeça, orelhas longas como as de um animal, uma coleira vermelha com um anel dourado na frente e malditas ondas nas sandálias. "Você está dizendo que uma pessoa insignificante do Mar Azul como você pode me derrotar?"

Eu tiro shurikens doentios da minha bolsa; três para cada mão. "Fácil, idiota. É isso que os Portgas fazem."

"Então vamos dançar!" Ele vem correndo em minha direção.