21 - Escolhas

2.3K 163 78
                                    

Samael entrou comigo na casa.

— Quem era aquele cara? — perguntei enquanto andávamos.

— Ninguém.

— Então por que o matou?

— Porque estava me atrapalhando.

Seguimos para o banheiro.

— Se divertiu esse tempo em que fiquei fora? — tirou a camisa.

— Nhe — dei de ombros, fazendo o mesmo que ele. — e você?

— Nhe — sorriu, dando de ombros também.

Suas mãos foram até a calça e abriram o botão.

— É sempre cansativo trabalhar — tirou a calça.

— Não imaginei que trabalhava... — ainda mais no inferno.

— Antes não. Estava de férias — ficou nu.

Fiz o mesmo.

Liguei chuveiro e entrei debaixo. A água estava fria. Meu corpo deu um pulo. Samael entrou logo depois.

— Como funciona seu trabalho? — esfreguei meu rosto.

— De muitas maneiras.

— Pode me explicar?

— Realmente quer falar de trabalho agora? Eu acabei de chegar, gata.

Sorri. Dei de ombros e virei de costas.

— Pode esfregar minha costas?

— Claro, madame.

Encostei minhas mãos na parede. Senti ele ensaboando minha pele antes de esfregar.

— Senti sua falta — murmurou.

Sua mão esfregou toda as minhas costas antes de descer até o meu quadril, o apertando com as duas mãos em suas laterais.

— Só passou a manhã fora, Samael.

— E por isso não posso ficar com saudade? — puxou meu quadril com um pouco de força. Senti seu pau contra minha bunda e não pude deixar de fechar os olhos.

Ele murmurou um "hum" no meu ouvido, forçando mais o contato e me obrigando a responder.

— Saudade, é? — respondi. — você só quer me comer.

— Também — sorriu. — posso?

— Pode? — perguntei confusa.

— Posso te comer? — perguntou, igual um cachorro pidão.

— Eu tenho escolha?

Ele riu.

— Tem — virou o meu corpo. Minhas costas encostaram na parede, o corpo de Samael colou ao meu. — posso?

Ergui uma sobrancelha. Tenho?

— Não. Não pode.

Ele umedeceu os lábios. Baixou o olhar pelo meu corpo. Suas mãos não me tocavam mais, estavam encostadas na parede, as minha laterais. Ele sorriu antes de me beijar. Sua língua entrou na minha boca em um beijo curto. Depois, se afastou. Baixou o olhar pelo meu corpo de novo. Mordeu o lábio inferior e se afastou.

— Tá bom, amor.

Sorri.

— Tá bom?

— É. Tá bom.

Ri baixinho. Cruzei os braços.

— Ata. Qual a brisa?

— Brisa?

𝕯𝖊𝖒𝖔𝖓í𝖆𝖈𝖔 - 𝕯𝖆𝖗𝖐 𝕽𝖔𝖒𝖆𝖓𝖈𝖊 (+18) [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora