Esquecer?

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O quarto escuro e silencioso era testemunha do caos que Rio se encontrava. Deitada em sua cama, seus olhos estavam fixos na escuridão do teto, tentando controlar seus pensamentos e respiração. Seu corpo ainda se encontrava febril, queimando pelos recentes toques de Agatha.  

Sua cabeça rodava, a adrenalina do momento ainda percorria seu corpo, o quase flagrante havia deixado Rio com o coração batendo violentamente dentro do seu peito. Não poderia negar que havia ficado irritada por serem interrompidas, sabia que Agatha a foderia na bancada da sua cozinha. Ela não esperava que a mulher fosse beijá-la, havia ido para entregar o coelho de pelúcia de Nicky e também para provocá-la como sempre. 

Rio mordeu os lábios, as imagens do momento de minutos atrás, ainda estavam vivas em sua mente. O gosto dos lábios de Agatha, as mãos, a voz grossa de desejo formigam por cada parte do seu corpo. Um fraco gemido saiu de seus lábios, fazendo-a apertar suas coxas com força, na falha tentativa de amenizar o incômodo entre suas pernas. Com a respiração ofegante, desceu uma mão até o cós da sua calcinha, que já se encontrava arruinada pela sua excitação. Seus longos dedos dançaram por suas dobras molhadas, imaginando que fossem os dedos de Agatha. Um gemido alto reverberou pelo quarto escuro, ao imaginar Agatha sussurrando inúmeras palavras sujas em seu ouvido, incentivando-a a continuar o trabalho em sua buceta. Levou a mão livre até seu seio por baixo da camiseta, apertando-o com força.

— Agatha… — sussurrou ofegante, aumentando o movimento em seu clitóris. 

Ansiando por seu orgasmo, dobrou as pernas, firmando seus pés na cama e levantou seu quadril, penetrando dois dedos para dentro de si. Seus movimentos eram rápidos, as constantes imagens de Agatha invadiam mais sua mente, lembrando-a do cheiro, da força e gosto de Agatha. Rio torcia que Agatha perdesse novamente o controle e a beijasse novamente, tocando seu corpo deliberadamente como havia feito. Rio sentia seu coração querer saltar por sua boca, estava tão perto do clímax. 

Agatha. Agatha. Agatha.

Rio caiu exausta sob a cama, sussurrando o nome de sua vizinha. Ainda sentia seu corpo queimar e tremer com as sensações de seu orgasmo, que havia sido forte. Levou os dedos até seus lábios e os chupou, desejando que fossem os da sua vizinha. Não aguentaria ficar longe de Agatha. Continuaria a provocá-la, fazer de tudo para ter sua completa atenção. 



***




O fim de semana havia chegado. Agatha estava cansada da correria que havia sido a sua semana. O jantar com suas amigas e irmã foi maravilhoso, ela pode relaxar e ser ela mesma, sem julgamentos. Fora a pequena discussão que teve com Alice por causa do vinho, que mesmo Alice sabendo que Agatha gostava de tinto suave, ela havia levado tinto seco, só para irritar a amiga. 

Ela havia agradecido a todos os santos existentes por Joseph ter dormido fora de casa. Pouco se importava onde o homem estava, a sua ausência era um descanso para sua cabeça. Amava quando era só Nicky e ela em casa, Agatha aproveitava cada segundo ao lado dele. Pensava em diminuir a sua carga horária no trabalho, odiava ficar muito ausente na vida do filho, não era justo com o pequeno. 

Hoje pela tarde foi ao supermercado com Nicholas, para comprar os ingredientes necessários para o prato favorito de seu filho. Nesse momento ela estava curvada para dentro do carro, pegando as sacolas que faltavam, pois Nicky já havia levado as outras para dentro. A rua estava um pouco calma, havia alguns vizinhos caminhando pelas ruas, alguns cuidando de seus jardins e outros conversando entre si. Porém isso não lhe importava, Agatha fazia questão de ignorar todos. 

Não muito longe dali, se encontrava Rio, conversando com a senhora que morava ao seu lado, havia conseguido fazer a senhora cair em seus encantos, pois ambas gostavam de jardinagem. Porém seus olhos brilharam ao ver Agatha ao longe, com a bunda empinada enquanto vasculhava dentro do carro. Um sorriso malicioso surgiu em seus lábios, uma ideia rondava sua mente, fazendo-a transbordar de excitação. Despediu-se da vizinha e caminhou silenciosamente até Agatha. Em nenhum momento seus olhos abandonaram sua bunda, cada vez que se aproximava, engoliu o riso ao ver a palavra Naughty estampada na parte traseira da calça que ela usava.

— Mas que merda! Cadê o queijo?! — Agatha resmungava enquanto vasculhava o carro. 

Rio se aproximou mais, pairando seu corpo sob o da mais velha, mordendo o lábio inferior ao sentir a quentura que a outra almejava. Depositou um tapa forte na bunda de Agatha, que gritou e bateu a cabeça no teto do carro. Irritada, ergueu seu corpo para fora, furiosamente virando-se com a mão na cabeça. 

— Oi, my lady! — exclamou Rio, sorrindo e acenando levemente em sua direção. 

Os olhos de Agatha escureceram e um grunhido raivoso pairou no ar.

— Desgraçada! — exclamou irritada, apertando a porta do carro. Sua vontade era de voar em Rio.

— Só na cama. 

O sorriso presunçoso de Vidal fez Agatha tremer. Aproximou-se mais da vizinha, a encurralando entre seu corpo e o carro. Lentamente levou sua destra até o fio rebelde que tampava o rosto de Agatha, pode sentir a respiração dela vacilar. 

— Sabe… — sussurrou Rio, dedilhando seus dedos pelo rosto pálido e macio. — Eu me masturbei pensando em você. Aquele dia na sua cozinha, não sai da minha cabeça. O seu toque, seu cheiro e seu gosto continuam gravados na minha pele. 

Agatha fechou os olhos diante da carícia. Ter Rio tão perigosamente próxima, fazia seu corpo tremer, o incômodo entre suas pernas pulsar, ansiava pelos longos dedos dela percorrendo seu corpo novamente. Não teve um momento sequer que não tenha pensado nisso, era a causa da sua insônia. E pensar em Rio tocando-se enquanto pensava nela, foi como ter gasolina jogada em seu corpo e fazê-lo queimar.

— Rio… — suplicou Agatha, com a voz trêmula. Precisava manter o foco. 

— Sim, my lady? 

Agatha engoliu seco. 

Seu corpo sempre reagia na presença da outra mulher. E Agatha odiava perder o controle de si. Ela sempre fora quem ditava as regras, quem controlava a situação, mas após a chegada de Rio, foi como se a outra mulher fosse imune a toda essa autoridade dela. A vizinha vivia constantemente em sua cabeça, em seus sonhos e em seus desejos mais obscuros. 

A respiração quente de Rio batia contra os lábios secos de Agatha. A mais velha lentamente levou sua destra até o meio das costas alheias, incentivando mais a sua aproximação. Lábios estavam tão próximos, a milímetros de distância. Rio, ousada como sempre, com a ponta da língua, lambeu suavemente os lábios de Agatha, que não podia controlar os suspiros. 

Mas os barulhos ao redor delas, fizeram Agatha recordar-se onde elas estavam. Empurrou Rio do seu espaço pessoal enquanto limpava a garganta e olhava ao redor. Olhos claros e assustados percorriam por todos os lados, em busca de qualquer movimento suspeito. 

— É melhor você esquecer tudo isso e parar de me perseguir. — começou Agatha, apontando o dedo para a mulher à sua frente. — Não ouse nunca mais tocar nesse assunto!

Rio riu em descrença. 

— Esquecer? — questionou incrédula. — Como eu vou esquecer que foi você quem me beijou, quem quase me fodeu na porra da sua cozinha? 

— Fala baixo, merda. — Agatha pediu-lhe, irritada. Puxou Rio pelas mãos e sussurrou entre dentes.
— Eu. Já. Disse. Pra. Esquecer. Não me faça repetir. 

Rio devolveu-lhe um olhar debochado enquanto sorria sarcasticamente. 

— Escuta aqui, Agatha. — murmurou Rio, aproximando seu rosto, olhando no fundo dos olhos de Agatha. — Você vai se arrepender do dia que resolveu me dar abertura. Pois não desisto tão fácil do que quero.

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Peço desculpas por meu sumiço. Eu estava doente e ainda continuo. Como pode uma pessoa ficar doente por meses 😭😭😭😭

Sinto muito pelo capítulo pequeno, foi primeira vez que escrevi uma cena de masturbação, vou tentar compensar vocês trazendo mais capítulos sem atrasos. Obrigada por não desitirem de mim e por continuarem querndo ler esse delírio que estou escrevendo.

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Se cuidem, pois o ar está cheio de vírus e não quero ninguém doente!! Já basta eu.

Feliz 2025!!!















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⏰ Última atualização: Jan 13 ⏰

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