Starting over

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Lauren POV

- Sério que você vai descer para jantar assim? – Vero perguntou apontando para minha roupa. Ela havia chegado mais cedo para o jantar. – Usando isso, sério Jauregui, você tá parecendo um urubu. – ela riu. Peguei uma das escovas em minha penteadeira e atirei em sua direção e voltei a me maquiar, sem prestar atenção se havia acertado meu alvo. – Tá maluca Lauren? Podia ter me machucado, quase acerta minha boca.

- A intenção era essa, pra vê se aprende a não falar merda. – ela bufou. – Mas tem razão, vou colocar algo melhor. Dona Clara vai surtar se me vê assim. – Eu estava usando calça e jaqueta de couro, por debaixo da jaqueta uma camiseta de seda na cor cinza. Nos pés botas de salto e bico fino. - Vestido? – perguntei indo em direção ao closet.

- Com certeza! – falou alto para que eu pudesse ouvir. – Cê fica mow gostosa de vestido, só acho. – voltei do closet só de lingerie, dois cabides, um em cada mão e um vestido pendurado em cada um. Veronica me analisou de dos pés à cabeça. – Pensando bem, desce assim vadia, muito melhor. – rolei os olhos enquanto ela ria.

- Idiota! – a repreendi. – Branco comportado, ou preto ousado? – perguntando erguendo um cabide de cada vez.

- Preto ousado! – falou convicta. – Sem falar que, por mais que você vá continuar parecendo um urubu, você fica linda de preto, o contraste com a sua pele te deixa mais linda ainda. – falou dando uma piscada pra mim.

- Olha falando assim eu gamo. – brinquei. – Tá ok, irei de preto então. – joguei o cabide com o vestido branco na cama e vesti o preto, pedi que ela subisse o zíper e voilà. – Pronta! Só faltam os sapatos. – fui ao closet novamente, guardei o vestido branco no local, peguei um par de Louboutin era o toque final para o meu look perfeito. Voltei ao quarto e fiquei em frente ao espelho. – Vestida para matar. – Meu vestido era simples, porém, elegante. De alcinha, justo ao corpo, mas nem tanto, e um decote que delineava bem meus seios. Pisquei para meu reflexo, passei a mão no cabelo o jogando pra lado, um pouco bagunçado. Olhei para minha amiga que mexia em seu iPhone. – Vamos? – perguntei.

- Até que enfim. – ela reclamou. – Você demora demais, nossa. – levantou-se da cama e ajeitou seu vestido. Vero usava um vestido vermelho tomara que caia, justo ao corpo, tornando evidente suas curvas. Nos pés uma sandália de salto na mesma cor do vestido.

Descemos e fomos em direção à sala de visitas. Como eu havia presumido, mama convidou bem mais que apenas os pais de Keaton. Havia alguns parentes mais próximos e uns poucos amigos da empresa. Revirei os olhos para toda aquela palhaçada, realmente não via necessidade nisso tudo, mas, se minha mãe fazia tanta questão lá estava eu. Ao adentrar o cômodo, cumprimentei rapidamente os presentes e fiquei mais afastada conversando com Vero no bar, até que uma mão toca meu ombro direito, girei meus calcanhares e meus olhos brilharam. Chris! Em seguida recebi um abraço forte.

- Que saudade de você! – afastei-me do abraço. – Uau, você está... – fiz uma pausa e analisei. – Mais velho! – falei por fim. – Essa barba, não existia quando fui embora. E esse cabelo? Cadê aquele cabelo escorrendo pela sua testa? – perguntei enquanto passava a mão em sua barba e cabelo. – Devo confessar que prefiro assim, seu corte antigo parecia que uma vaca havia acabado de lamber seu cabelo. – ele riu.

- Também estou feliz em te rever maninha. – cumprimentou Vero rapidamente e tornou a falar comigo. – Por que já voltou de Londres? – perguntou com uma expressão curiosa. – Achei que fosse ficar por lá até o fim do curso.

- Nossa! Mal cheguei e você já está me expulsando? Te conheci mais cortês, Christopher Jauregui. – falei fingindo uma cara de espanto. Ele riu. – Bom, digamos que, ao contrário de você, eu não quero seguir os passos de papa. – ele me olhou confuso. – Eu não estava cursando publicidade querido maninho. Eu mudei minha matrícula para um curso de fotografia e, como a duração é mais curta em relação aos outros, eu já me formei. – falei com um sorriso vitorioso. Ele iria falar algo, mas virou-se ao perceber que minha atenção estava voltada para a porta da sala.

Strange LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora