Cuidado com o destino, ele brinca com as pessoas.

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Por favor, comentem muito e não esqueçam de votar 😭😭😭 Eu me esforcei muito nesses capítulos e fiquei sem dormir por causa deles. Não custa nadica apertar a estrelinha e deixar um comentário, hm 🥺🙃

🎶🌻

Dias depois…

Enviei todas as cartas para Jimin, na esperança de que ele me respondesse.

O que não aconteceu.

Sério, eu não consigo me entender. Não entendo meus próprios sentimentos. Não sei se fico feliz por ele não responder as cartas de alguém que ele supostamente não conhece, ou se fico triste por não ter uma resposta. É confuso demais.

Mas o que me consome é saber que Jimin lê todas as cartas. Sei disso porque ele comenta com meu pai, e às vezes, com um tom irritado, até comigo. Ele aparece na minha casa de vez em quando, com as sobrancelhas franzidas e as cartas na mão, reclamando sobre como o "Tom" está deixando-o confuso. Eu escuto tudo, como se nada fosse, só balançando a cabeça. Não tenho coragem de perguntar se é uma confusão boa ou ruim, porque, dependendo da resposta, eu vou acabar me entregando.

E o pior de tudo é que, embora eu queira muito que ele corresponda ao que sinto, o medo me paralisa. Tenho medo de ele não sentir o mesmo por mim e, pior ainda, de acabar se apaixonando pelo "Tom". Isso seria terrível. Um desastre. Porque o Tom não existe. O Tom sou eu, ou, pelo menos, uma parte de mim que tenta dizer tudo o que o Jungkook não tem coragem. Ele é só um pseudônimo que inventei porque sou bundão demais para abrir o jogo.

Está vendo? Estou preso nessa contradição ridícula, nessa rede de sentimentos que não consigo decifrar. Eu queria que ele soubesse. Quero que ele saiba que todas aquelas palavras, todos os versos e confissões são sobre ele, por ele. Mas, ao mesmo tempo, o medo de perder o pouco que ainda temos me faz recuar.

Se ele souber... o que será que vai pensar? E se ele odiar saber que sou eu? Ou, pior ainda, e se ele gostar mais do Tom do que de mim? Eu nunca me perdoaria por isso.

Olho para o balcão do bar, onde a última carta está pousada, ainda sem destinatário. Suspiro e fecho os olhos, tentando ignorar o nó que se forma no meu estômago.

Jimin, o da minha cabeça, sabe? Ele está na porta do bar, enquanto lê a carta. Ele varre os olhos pelo papel, termina e me olha, encontra os olhos daquele que ele não vê. Nunca vê.

Então ele anda, depressa, os passos pesados e que praticamente gritam a palavra “raiva”. Jimin bate a carta no meu balcão, procurando por mim. Por ele. Estou em sua frente, mas ele não me vê, nunca vê.

Então ele se vai, ainda irritado. Irritado com o Tom.

“Eu te escrevo, sem saber o que esperar,
Minhas palavras flutuam, tentando te alcançar.
O que sinto, você nunca vai entender,
Mas será que eu conseguiria viver sem você, se algum dia você se for?

É engraçado, eu falo sem saber o que dizer,
Na esperança que algo em mim chegue até você.
Mas a verdade é que eu tenho medo do que posso sentir,
E do que posso perder, se eu deixar você ver.

Jimin, você é o tom que falta em mim,
E eu sou o silêncio que te espera ao fim.
Será que o medo vai calar o que eu tento dizer?
Ou você vai me encontrar antes de eu me perder?

Assinado: Tom."

Tenho medo de como meu Jimin que eu gosto vai reagir quando souber da pessoa que eu inventei.

CIFRAS DE TOM - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora