As cartas que nunca te li ❤

Capítulo 1

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Sou a Lua. Sim, o meu nome é realmente Lua, não é segundo nome ou mesmo apelido. Apenas um nome pouco vulgar mas um nome. Sou jovem, vinda de uma família honesta, pobre mas, ao contrário das outras, a minha era única. O porquê? Não sei bem como explicar mas a minha família é a única verdadeira, pobre mas honesta e carrega com um objeto frágil mas iterno. O amor!
Pessoa baixa e morena, considero-me uma pessoa simples porém pura, honesta , feliz e apaixonada. Apaixonada? De facto sim! Chama-se Dani. É alto, moreno, os seus olhos rasgados cor de avelã transmitem o mesmo sentimento que eu sinto por ele.
Conheci-o pela internet. Mentira, não foi bem na internet uma vez que já nos tinhamos cruzado na praia. Aquele sorriso cativou-me e parece que houve, logo um relâmpago amoroso que nos uniu.
Depois de muito o conhecer e de várias horas a conversar, ele despertou em mim um sentimento raro mas não tinha coragem de o dizer, de adimitir. Parecia que quando ia para o dizer, ele travava-me com aquele falar que me tocava e emocionava.
Ele sabia que eu escrevia, não me julgava ,pelo contrário, orgulhava-se. Ele era diferente de todos e eu sentia isso. Sentia-me incondicionalmente feliz quando estava perto dele.
Escrevia, curtos ou longos, marcas da vida que tinha com ele.
Depois de algum tempo decidimos ter algo sério e a partir daí tudo ficou mais bonito.
As plantas pareciam estar contentes cada vez que passeavamos pelos longos jardins. Todas elas sorriam à nossa passagem, até as mais novas que não tinham a noção do que é o amor e do que é amar.
As árvores, abriam caminho para nos deixar passar. Com aqueles longos e gordos troncos, pareciam transmitir uma música antiga porém bela. Nem todas as músicas antigas são uma perda de tempo. Afinal, aprende-se muito com as músicas, simplesmente com as mais antigas.
Os passáros acompanhavam-nos. Realmente mágnifico.
Como é possível ver a natureza, doutra forma? Será que o amor, a paixão, muda o nosso ver, a nossa maneira de imaginar, agir, e falar?

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Acabei de escrever uma carta para ele. Ultimamente andamos muito distânciados. Ele trabalha. Não é trabalho certo mas é trabalho. Quer dizer, nenhum trabalho é certo, as pessoas só pensam nisso porque acham que assim é correto. Não é. Nem todos os trabalhos são corretos.
É mais velho que eu e os seus objetivos são lógicos. Felicidade. É o unico objetivo que ele tem em mente.
A mesma carta dizia que ainda iriamos ser felizes, mais do que eramos. Fiz lhe um pedido. Sei que deveria ser o homem a pedir mas nesta relação tudo será diferente. Em meras palavras pedi-lhe em casamento e agora todo o rumo ia mudar!
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