Genteee... Fiquei tão empolgada com esse capítulo que acabei terminando antes do tempo. Não esqueçam de votar e comentar. Espero que gostem, acabei de terminar ele. :D
No domingo fiz uma caminhada cedo com Jeremy e depois fomos para minha casa. Ele disse que fazia questão de passar lá e falar com meus pais.
- Não. Hoje não por favor. - fiz cara de cachorro molhado quando chegamos na porta.
- Mas... - ele ia falar algo,mas depois cedeu - Tá certo. Mais amanhã sem falta eu falo com eles.
- Tá certo. Amanhã. - afirmei pensando no que aquilo ia dar.
- Boa sorte. - ele disse me segurando pela cintura e me dando um beijo.
- Obrigada. - falei. Seu cabelo era um pouco grande e estava jogado no rosto então não deu para ver se ele estava olhando diretamente para mim - Vou precisar - cochichei quando ele já tinha ido embora.Já era 9:35. Fiz um sanduíche e tomei acompanhado do melhor suco do mundo: o da minha mãe. Era de abacaxi com limão e eu amava desde pequena. Era divino, mas como ela ficou um tempo doente não podia fazer e tive que comer a sopa que meu pai chama de comida. Nem pergunto o que ele coloca ali já para não ficar com enjôo, mas eu imagino.
Quando terminei de comer fui ao meu quarto escolher uma roupa adequada para aquela ocasião. Não tinha muita opção, mas estava em dúvida entre um vestido vermelho curto e um azul claro quase branco mais acabei escolhendo o vermelho que combinava com o salto que meu pai fez para mim. Ainda não tinha usado ele, pois estava esperando a hora certa e...aquela era a hora certa.
De 11:40 eu já estava pronta e esperando o motorista do palácio. Dessa vez eu não iria de carruagem(ainda bem) e sim com um carro normal (é o que eu esperava).
Deixei meu cabelo solto e fiz uma maquiagem leve. Quando me olhei no espelho gostei do que vi e realmente eu estava ... Bonita. Mais aquela não era eu.
O motorista chegou de 12:10 com um carro preto belíssimo e pude ver pela janela antes de sair que boa parte dos meus vizinhos já estavam de olho. Antes de entrar no carro meus pais desejaram boa sorte e tentei parecer feliz na frente deles mesmo estando com medo.O motorista não era o mesmo que havia me levado da outra vez de carruagem. Acho que cada motorista tem seu carro.
Naqueles últimos dias minha vida havia mudado, de um jeito bom, mas saber que em algum lugar pessoas estão falando de mim(bem ou mal) é estranho.
Quando cheguei na entrada do castelo os grandes portões brancos se abriram num estrondo que me fez pular do assento e também passar vergonha na frente do motorista que ficou olhando para mim como se eu fosse uma louca. Depois disso não tive coragem de lhe encarar novamente.
O jardim como sempre estava impecável com todo aquele cuidado que os jardineiros tinham com as flores. Fiquei um pouco envergonhada quando passei sozinha por um longo corredor onde tinham vários guardas que me acompanharam com seus olhares. Então fechei os olhos, respirei fundo e continuei andando sem dar muita atenção.
No fim do corredor tinha uma grande porta, e quando digo grande era grande mesmo, do tipo 10 metros de altura e 6 de largura, mas para a minha sorte a porta já estava aberta então não precisei passar mais vergonha tentando abri-la. Quando entrei vi uma mesa enorme que cabia umas cinquenta pessoas e já estava ocupada quase 70℅ então o constrangimento foi tipo...ENORME quando vi todas aquelas meninas vestidas com longos vestidos de princesa e a família real bem na ponta da mesa me encarando. A primeira pessoa que vi foi o príncipe que me olhou fixamente e pude lembrar como seus olhos cor de mel eram bonitos. A sala tinha várias janelas que davam entrada para o sol, o que deixava o lugar mais bonito. Sentei ao lado do príncipe que acenou com a cabeça e fiz uma reverência. A rainha logo se pronunciou.
- Com licença. - e toda aquela sala que antes fazia o maior barulho ficou num silêncio assustador. - Como sabem, fizemos uma pequena seleção para escolher uma garota competente, responsável, de bom gosto e simpática com a finalidade de escolher a nova noiva do meu filho, futuro rei . Depois de muito debater escolhemos Alice Holt - todos olharam para mim e eu acho que era nessa parte que eu devia me levantar. Fiz isso e comecei a forçar um sorriso. - Ela passará um semestre no castelo, se ela aceitar claro, pesquisando sobre cada garota que está aqui presente que pertence a diversos reinos vizinhos e cada uma, para deixar bem claro, foi aprovada pelos pais para participar disso. E agora eu dou a palavra ao meu filho.
O príncipe se levantou e mexeu nos seus lindos cabelos loiros quase da cor dos olhos antes de se pronunciar.
- Primeiramente é uma honra estar rodeado de tantas senhoritas lindas e charmosas. - e todas as meninas dão risadinhas envergonhadas e eu crio coragem e me sento novamente já que ninguém estava prestando atenção em mim.Uma garota loira, de olhos azuis, do jeito que toda menina sonha em um dia ser, que estava sentada na minha frente começou a flertar com o príncipe nessa hora, o que me deixou com... Não Alice. Você tem um namorado e o ama. Revirei meus olhos pelo lugar a procura de alguma coisa para me distrair enquanto o príncipe falava, quando me lembrei das palavras da rainha ao dizer que eu moraria naquele lugar por um semestre. Meu Deus. Comecei a suar frio e fiquei um pouco distraída, que merda. Quando voltei minha atenção ao príncipe ele falava de uma festa que eu organizaria para todas aquelas garotas. Eu nunca havia organizado uma festa antes porque sou um pouco desastrada, mas gosto de me desafiar as vezes.
Na mesa havia uns três pratos de tamanhos diferentes e milhares de talheres que eu não fazia a menor ideia para que servia. A comida era ótima e o champagne também. Enquanto comia o príncipe tentava puxar conversa me lembrando do dia em que minha saia rasgou.
- Ha Ha. Muito engraçado. E lembrando desse dia, depois vou trazer aquele vestido que você me emprestou. Sabe, não faz meu estilo.
- Não precisa. É seu agora. Aqui tem milhares de vestidos, um não faria falta.
- Ah, mas eu faço questão. - disse saboreando a sobremesa de morango.
- Tudo bem então.Ao terminar o almoço todas as princesas foram para seus quartos deixando apenas eu, o rei, a rainha e o príncipe.
- Querida, fico feliz que tenha aceitado o convite de ter vindo a esse almoço. - disse a rainha segurando minhas mãos num gesto carinhoso.
- Eu é que fico. Pensei que nunca mais gostaria de me ver depois do dia que quebrei seu vaso. - comecei a rir mais percebi que ninguém mais riu da minha piada sem graça, quando olhei para a rainha e ela estava com uma expressão de que havia lembrado muito bem daquele dia.
- Voltando ao assunto - continuou a rainha - Você já sabe como vai ser. Um semestre, apenas um para escolher a noiva do meu filho. Como você não sabia que ia passar esse tempo aqui irá com o motorista fazer sua mala e trazer para cá o mais rápido possível. Não traga muita coisa, só o essencial. - então ela chamou um homem de blazer branco que estava parado na porta e pediu para ele me acompanhar até a saída e avisar ao motorista.
- Com licença, mas eu acho que não posso passar seis meses morando aqui. E minha famílaia? Não posso. Tenho uma vida lá fora. Não posso me dedicar apenas ao príncipe. - depois que falei me dei conta das minhas palavras.
- Como assim? Não vai querer o emprego? - o príncipe perguntou segurando meu braço.
- Claro que quero. - disse puxando meu braço - mas não do jeito de vocês. E se...eu passasse toda a semana aqui e no sábado e domingo fosse para casa? - fiz a proposta e o rei me olhou estupefato.
A rainha respirou fundo e olhou para o príncipe como se tivesse o culpando por tudo aquilo.
- Tudo bem. Mais o salário será menor. Vá dormir hoje em casa e amanhã esteja aqui antes que eu me acorde ou eu mudo de ideia em relação a você.
- Sim majestade. - fiz uma reverência e segui o homem que estava de blazer branco.