Pessoal desculpa pela demora para postar o novo capítulo estava ocupada,mas finalmente consegui postar a continuação e espero que gostem.
Naquela noite fomos dormir cedo. Minha mãe teve que tomar remédios para pegar no sono. Eu não consegui dormir e acho que o meu pai também não. Fiquei me virando na cama a noite toda e quando desisti de dormir peguei um livro e comecei a ler. Não gostava de ler então aquilo me ajudou a pegar no sono.
Quando me acordei já era seis horas e estava super atrasada. Ainda não tinham me demitido do meu emprego dos sonhos então rumo ao trabalho.
Tomei banho, vesti meu uniforme e fui correndo antes que realmente fosse demitida.
Chloe já havia chegado e meu pai como sempre estava trabalhando. Tentei chegar na hora, mas me atrasei trinta minutos. Meu chefe(ou ex chefe) me olhou de cara feia mais apontou para o avental e depois para a cozinha. Adorava aquilo ( ou não). O movimento era bem cheio numa sexta-feira. Todos falavam do príncipe e da louca(no caso eu) que saiu passeando de carruagem no meio da rua como se aquilo fosse natural.
Comecei a me esconder quando as pessoas ficavam apontando para mim dizendo que era eu a "princesa misteriosa" que de misteriosa não tinha nada, nem de princesa. Todos já estavam sabendo. Como minha cidade era pequena a notícia corria rápido e eu tinha certeza que hoje não iria faltar assunto para conversar com meu pai. Ele vai me matar quando souber que a entrevista de emprego foi um desastre. Estávamos contando com aquele emprego, principalmente mamãe. Preferi não pensar no pior.
Eu trabalhei mais tarde do que deveria então quando cheguei em casa meu pai estava no sofá, de braços cruzados me esperando.
- Oi? - falei morrendo de medo do que viria pela frente - Cheguei tarde porque John me obrigou a trabalhar mais que o expediente. Não fiz nada de errado só para começar.
- Sente-se. - ele disse apontando para o sofá.
- Pai... -comecei e ele pediu para eu me calar.
- Filha, porque não me contou?
- Não achei que fosse necessário...
- Não achou? - dessa vez ele estava furioso. -Não aguento mais filha. Tem vezes que entendo porque sua irmã fugiu daqui. - seus olhos pareciam tristes.
- E eu? Ninguém pensa em mim. Faço tudo por vocês. Trabalho num lugar que não gosto, com pessoas que não gosto. As vezes acho que a Juliet teve sorte de fugir dessa vida. - meus olhos se encheram de lágrimas então corri. Para o mais longe possível.
Eu sabia para onde ir. Um lugar só meu.
As pedras. Havia um lago perto da minha casa que ninguém ia à noite, era meio escuro e assustador,mas não para mim. Quando eu era pequena e ficava triste sempre corria para lá. Era um lugar que ninguém podia me irritar e que eu pudesse ficar sozinha com meus pensamentos.
Sentei na pedra soluçando e fiquei encolhida com os braços ao redor das pernas quando alguém fez um barulho.
- Merda. - era uma voz masculina e eu conhecia muito bem.
- Quem está ai? - me levantei da pedra num salto quando alguém saiu do meio das árvores.
- Desculpa. Eu estava aqui perto e deu para ouvir você chorando. Você tá...bem? - seu rosto ainda não era visível mais dava para perceber que ele era bem alto.
- Mais ou menos. Quem é você?- estreitei os olhos para tentar enxergá-lo. Ele deu um passo à frente mais acho que mudou de ideia pois tropeçou em alguma coisa e começou a xingá-lo. Fui em sua direção para ver se estava bem. Ele colocou as mãos nos pés para ter a certeza de que estavam ali e logo voltou à postura de antes quando percebeu que eu estava olhando-o. Seu olhar encontrou o meu e agora sabia com quem realmente estava falando. Era ele. O único garoto que um dia eu me apaixonei: Jeremy. Ele não me reconheceu, também nem falava comigo quando eu pequena, mas não tinha dúvida era ele. Seus cabelos pretos no rosto sempre deixava todas as meninas caidinhas, principalmente eu. Aquilo não podia estar acontecendo. Eu não podia me apaixonar novamente. Sabia que o que eu sentia havia ficado para trás,mas ali naquele momento só eu e ele parecia que tudo o que eu mais temia estava acontecendo. Eu estava me apaixonando novamente.
- Jeremy? - foi a primeira coisa que veio à minha cabeça. Ele parecia confuso.
- Te conheço? Porque tenho certeza que lembraria se tivesse te visto antes. - ele sorriu e lembrei como seu sorriso era bonito.
- Bem eu acho que não. Eu...você... - comecei à gaguejar e desisti de falar. Ele começou a rir do meu nervosismo e fui forçada a rir também. De repente estávamos à noite, sozinhos e rindo de mim.
Quando cheguei em casa era meia-noite então meu pai já estava dormindo o que me deixou aliviada. Estava morrendo de fome então coloquei um pouco de sopa acompanhado de um copo d'água e comi rapidamente. Fui tomar banho. Penteei os cabelos, escovei os dentes, coloquei meu pijama de vaquinha e me cobri no meu amado edredom roxo.
