Mark
Quatro anos depois
Hoje é o meu aniversário e minha esposa teve a brilhante ideia de uma festa. Na verdade, até foi uma coisa boa porque nos últimos anos não tivemos muito tempo para essas coisas. Henri e eu passamos bastante tempo no trabalho para fazer a Dreieck Enterprises se recuperar e já avançamos bastante, a empresa está voltando ao seu melhor e em breve seremos imparáveis. Ainda trabalhamos na Firebox, mas tinhamos que priorizar a outra empresa, que agora tem bastantes investidores interessados.
George e eu ainda não nos damos bem, ele desistiu das suas ações e continuou na empresa como se pedisse desculpa e tentasse recuperar os estragos que causou. Ele não disse em voz alta, mas é o que deu a entender, mas como não confio nele, eu o mandei embora depois que pagou o dinheiro que roubou da empresa. Seu pai foi morar em outra cidade com a esposa, seus negócios por aqui não correram muito bem, principalmente depois que o expulsei. Seu filho teve mais sorte em encontrar um emprego, mas agora não quero mais saber deles.
Meus amigos passaram os últimos anos também ocupados com a paternidade, organizando a vida e suas carreiras, raramente ficamos juntos agora que somos pais. Normalmente nos vemos mais nas festas dos nossos filhos, mas claro que pelo menos três vezes ao ano saimos para beber nos nossos lugares preferidos ou até mesmo no clube em que Dorian é sócio. Henri é o único que ainda não tem uma vida conjugal, por isso ultimamente o que mais tem feito é trabalhar e viagens de trabalho, nem conseguiu aparecer no meu aniversário, mas claro que mandou um presente.
E quanto a minha esposa, ela é maravilhosa e me deu minha filha Rosalind que tem agora três anos e que herdou de mim, os meus olhos verdes, os olhos da minha mãe. Ela é mais parecida com Lindsay, mas age como eu. Nossa cadelinha tem quatro anos agora e é a melhor amiga da Rosalind, embora agora seja uma rebelde.
Termino de soprar as velas, cortar o bolo com ajuda da minha esposa e sento na cadeira de honra para receber o presente que prepararam para mim. Pelo projetor e a tela de pano branco na minha frente já posso imaginar o que é.
As crianças sentam na minha frente. Madison e Evan, filhos do Christopher e da Elena, Miles e Sienna, filhos do Justin e da Alaia, Khai, filho do Dorian e da Veronica, que esperam mais um na barriga, e a minha princesinha.
Meus sogros também estão aqui, aproveitando a festa. Eles gostam bastante de mim, principalmente Kazuya, que agora me deixa tratá-lo pelo primeiro nome. Estão aqui a minha família toda, a que construí ao longo dos anos.
Christopher põe o video e surgem fotos minhas. Fotos de quando eu era bebê, fotos com os meus amigos, com Lindsay, fotos com o meu afilhado e os meus sobrinhos, porque eles amam me chamar de tio, mesmo que não seja o irmão biológico dos seus pais. Várias fotos que me deixam emocionado. As últimas vezes que chorei de alegria foi no meu casamento e no nascimento da minha filha. Nesse momento, afasto as lágrimas e levanto para abraçar todos.
— Muito obrigado a todos, não sei nem o que dizer. Eu estou sem palavras, é o melhor aniversário que eu tive. Vocês são a melhor família que eu podia desejar.
— Você merece. — Dorian bate o meu ombro.
— Muito obrigado.
Vou até a minha esposa e dou um forte abraço, depois um beijo que faz todos aplaudirem. Lindsay sorri para mim e toca o meu rosto com carinho. Minha filha pede colo e faço o que ela quer, porque não consigo resistir a ela e nem a mãe dela.
— Essa festa também é porque você cuida bem da minha filha e da minha neta. — Senhor Ozu diz. — Estou muito feliz por ter você como genro.
— Você é como um filho para nós. — Yumi diz e me abraça mais uma vez, mesmo com Rosalind nos meus braços.
— Fico feliz por ouvir isso.
Deixo minha filha no chão para brincar com os seus amigos e vou conversar com os meus amigos. Também gostaria muito que Henri estivesse aqui, mas iremos nos ver e conversar numa outra ocasião.
— Não vejo a hora de você abrir o meu presente. — Justin presta atenção nas crianças. — Peça para Lindsay gravar a sua reação.
— Espero que seja uma coisa boa. — Provoco.
— Alguma vez me viu dar um presente ruim? Até parece que não me conhece.
— Acho que o meu presente é melhor, embora isso não seja uma competição. — Christopher bebe a sua cerveja.
— Vocês não mudam mesmo. — Dorian acena em negação. — Eu estive pensando e agora que terei uma menina, não quero os vossos filhos de olho nela.
Rio. — Não acredito que pense tão longe. Mas eu digo o mesmo.
Justin sorri. — Miles, Evan e Khai terão muitas escolhas.
— Por que têm que pensar assim? Por que todos eles não podem crescer juntos como irmãos? — Christopher pergunta.
— Claro que podem, mas o contrário também pode suceder. — Justin responde. — Todos nós sabemos como o mundo funciona.
— Eu prefiro acreditar que serão todos amigos. Mas isso não importa agora, vamos deixar as crianças crescerem em paz. — Digo.
— Tem razão. — Dorian concorda comigo.
Deixo meus amigos por um segundo e vou atrás da minha esposa, que conversa com Elena, Veronica e Alaia e fico ao seu lado. — Desculpa, vim roubar a minha esposa por um segundo.
Levo Lindsay para dentro e dou um beijo nela, que ri e olha para mim. — O que houve?
— Não posso beijar a minha esposa sem motivo nenhum?
— Claro que pode, mas não podemos deixar os convidados à espera por muito tempo.
— Eu estou curioso para o seu presente.
Ela sorri mais ainda e segura as minhas mãos. — O meu presente não está forrado. Eu posso dar agora se quiser.
Começo a rir. — Não me diga que o meu presente é você? Eu aceito de qualquer jeito.
Ela bate o meu ombro. — Claro que não. — Tira um biscoito da sorte do bolso do seu belo vestido azul e me entrega.
Como ultimamente não tenho sido um grande exemplo de paciência, abro e leio o papel imediatamente. — O quê? — tento processar a informação e leio mais uma vez — Você está grávida, mariposa?
— Sim, eu estou.
Dou um abraço nela, agora chorando, mas limpo as minhas lágrimas no mesmo segundo. É muita emoção para um dia só, eu não sei o que fiz para merecer tudo isso. Beijo a minha esposa apaixonadamente, feliz por ela me dar mais um filho. As lágrimas continuam e eu não consigo parar.
— Pode chorar. — Lindsay também chora. — Pode chorar, meu amor.
— Muito obrigado. Prometo que vou cuidar muito bem de vocês.
— Eu sei que sim.
Rosalind vem ter conosco e coloco ela no colo, depois de enxugar as lágrimas. — O senhor está cansado da festa?
— Claro que não. Só queria conversar uma coisa com a sua mãe. Vamos voltar.
— Vamos sim. — Lindsay come o biscoito.
Saimos os três de volta para o quintal para festejar o meu aniversário. E eu festejo como ninguém, porque sei que sou um homem sortudo. Eu tenho tudo o que eu sempre quis e ao dobro.
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DESASTRE [SERÁ RETIRADO DIA 20/02]
RomanceMark Rosberg era amável e agradável, uma pessoa muito boa, mas isso era tudo o que as pessoas viam. Após perder os pais no início da adolescência, seu coração estava com sede de vingança e estava disposto a tudo para recuperar tudo o que é seu. ...